Vendido para um empresário árabe em 2008, o Manchester City enfim está entre os grandes da Europa. Nesta terça-feira, jogando diante de outro time financiado por petrodólares, o City venceu o PSG por 1 a 0 em Manchester e se classificou pela primeira vez às semifinais da Liga dos Campeões. De Bruyne, belga que custou pelo menos 70 milhões de euros no início da temporada, fez o gol da classificação. No primeiro tempo, Agüero perdeu um pênalti.
Como havia empatado em 2 a 2 em Paris, o time inglês jogava por um empate sem gols em casa. O PSG precisava balançar as redes e se lançou de forma até irresponsável ao ataque no segundo tempo. Foi punido com o gol.
Até ser comprado, o City nunca havia jogado a Liga dos Campeões. Nesta temporada, faz sua quinta participação seguida. Caiu na primeira fase nas duas primeiras e nas oitavas de final nas últimas duas. Agora, chega à semifinal de forma inédita.
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Conseguiu o feito inclusive antes que o PSG, que até foi finalista em 1994/1995, mas vinha de três quartas de finais seguidas desde que foi comprado por um fundo de investimentos de origem catariana. Agora, são quatro eliminações seguidas nesta fase.
O JOGO - Advertido com apenas 12 segundos do jogo de ida, David Luiz desfalcou o PSG nesta terça-feira. Marquinhos entrou no lugar dele para formar uma linha defensiva com Aurier e Thiago Luiz, o que permitia ao time francês ter cinco homens no meio-campo.
Essa maioria numérica deu ao PSG o domínio territorial e da posse de bola nos primeiro minutos. O City tinha quatro homens de frente - David Silva, De Bruyne, Navas e Agüero -, mas todos precisavam recompor com os brasileiros Fernando e Fernandinho. Até os 20 minutos, praticamente não viram a cor da bola.
Só que o PSG não conseguia transformar essa superioridade em chances de gol, exceto numa falta que Ibrahimovic mandou raspando o travessão. Agüero parecia inconformado com o cenário e passou a tentar resolver sozinho. Errou duas finalizações antes de sofrer pênalti aos 28 minutos. Ao invadir a área e tentar driblar o goleiro Tapp, foi derrubado. O próprio Agüero foi para a cobrança. Bateu rasteiro, no canto direito, mas para fora.
A sorte que teve Tapp não se repetiu com Thiago Motta. O volante sentiu lesão no fim do primeiro tempo e foi substituído por Lucas. Ao trocar um marcador por um atacante, Laurent Blanc deixava claro que aquele cenário de até 79% de posse de bola não era suficiente. O PSG precisava do gol.
Lucas até chegou a marcar, aos 8 minutos do segundo tempo, mas quando o lance já estava parado por impedimento. A entrada do ex-são-paulino deu mais objetividade ao ataque do PSG, mas nada que exigisse muito serviço a Hart. O goleiro trabalhou numa falta cobrada por Ibrahimovic e em um cabeceio de Thiago Silva.
O empate sem gols não servia e Blanc sabia disso. Tanto que, aos 16 minutos, já foi para o tudo ou nada. Tirou Aurier, colocou Pastore e deixou o PSG com seis homens de frente: Pastore, Di María, Pastore, Lucas, Ibra e Cavani.
A decisão se mostrou péssima. Quando o City quis pressionar, exatamente no começo da segunda metade do segundo tempo - assim como havia acontecido na etapa inicial -, marcou. De Bruyne pegou sobra na meia-lua, cortou para a direita e bateu no canto direito baixo de Tapp, que não alcançou.
Com mais 14 minutos de tempo regulamentar, o PSG precisava de dois gols. Aos 34, Cavani saiu cara a cara com Hart, que abriu os braços e fez uma grande defesa para salvar a equipe. Aos 40, Ibrahimovic até mandou a bola para dentro do gol, mas o lance novamente foi parado por impedimento.