A heroica vitória do Fluminense sobre o América-MEX, por 3 a 2, na última quarta-feira à noite, no Engenhão, teve um sabor especial para Deco. Com o passe para o gol de Araújo e um belo toque de cobertura que garantiu o triunfo no final do segundo tempo, o meia foi decisivo para manter o Flu na briga por uma vaga na próxima fase da Copa Libertadores. Após o confronto, o jogador luso-brasileiro se mostrou aliviado com sua atuação e revelou que chegou a pensar em se aposentar por causa do momento ruim que vinha atravessando, pois amargava uma série de lesões.
"Infelizmente eu tive uma lesão muito dura, passei dois meses difíceis, cheguei até a pensar em parar por tudo que tinha acontecido. É uma temporada que eu depositava bastante esperança por causa da Libertadores e machucar naquele momento foi muito complicado. Fiquei quase dois meses parado, mas com certeza o apoio da minha mulher e dos meus filhos fez eu não desistir, e principalmente do grupo que a gente tem. Desde o primeiro momento todos os jogadores do grupo estiveram comigo", afirmou Deco.
O meio-campista sofreu uma grave lesão na coxa no dia 23 de janeiro, na vitória por 6 a 2 sobre o Olaria, pela Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, e amargou um novo calvário depois de ter sido atrapalhado por outras lesões na temporada de 2010. Por causa disso, ele ainda não conseguiu justificar o alto investimento que o clube fez para contratá-lo.
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"Voltei a me sentir vivo outra vez. Foi um dos gols mais importantes da minha vida pelo que vive o Fluminense e pelo que eu passei. Essa vitória representa a mudança. A esperança de ter uma nova chance na Libertadores" afirmou Deco, enfatizando que voltou a brilhar em uma fase complicada do clube, dentro e fora de campo.
"É difícil o momento que o clube viveu nesses últimos tempos, uma saída inesperada de um treinador importante (Muricy Ramalho), que foi vitorioso, que ajudou bastante. São momentos conturbados dentro do clube, mas com certeza isso vai se recuperar com o trabalho que está sendo feito pelo presidente (Peter Siemsen). Teve ainda a saída do Alcides (Antunes, ex-vice-presidente de futebol), que era uma pessoa importante para a gente. Tudo isso contribuiu para essa fase menos boa", admitiu.