Sem sair do País desde que foi deflagrada operação da Justiça norte-americana que levou diversos dirigentes do futebol à prisão, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Marco Polo Del Nero deixou nesta quinta-feira posto no Comitê Executivo da Fifa. A explicação oficial é que ele "optou por dar atenção integral aos debates e temas do futebol brasileiro".
Quando deixou de viajar para fora do País, Del Nero alegou que ficaria no Brasil para poder dar atenção à CPI do Futebol que transcorre no Senado. O dirigente, entretanto, depois entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para não ser obrigado a assinar um termo de compromisso de dizer a verdade.
Ao pedir seu desligamento como representante da Conmebol no Comitê Executivo de Fifa, Del Nero indicou um de seus vice-presidentes, Fernando Sarney, para o cargo. O pedido foi aceito por unanimidade pelo Comitê Executivo da entidade sul-americana, que agora encaminhará para homologação junto à Fifa.
Leia mais:
Nordeste terá recorde de clubes no Brasileirão
Botafogo chega mais perto do título, e Corinthians da Libertadores
Londrina EC muda comissão técnica e contrata head comercial
Delegação do Botafogo chega ao Rio, e multidão lota praia para comemorar
A decisão já era aguardada e foi tomada na manhã desta quinta-feira, durante reunião do Comitê Executivo da Conmebol, realizado na sede da CBF. Del Nero, porém, seguirá com seu cargo na confederação sul-americana.
Sarney já havia participado das últimas reuniões na Conmebol. Filho do ex-presidente da República José Sarney, o vice que representa a região Norte na geografia da CBF despacha com frequência numa sala da entidade. Ele está na confederação desde 1998 e é vice-presidente desde 2004, tendo participado também das administrações de Ricardo Teixeira e de José Maria Marin.