Ainda não se sabe quando nem como. Mas a CBF planeja fazer um "congresso nacional do futebol" para discutir os problemas desse esporte no Brasil e buscar soluções para a sua melhoria. O projeto está embrionário, mas a expectativa do novo presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, é que a colaboração de vários seguimentos contribua com ideias que possam ajudar clubes - grandes, pequenos, regionais -, federações e todos os envolvidos com o futebol, em nível nacional.
A proposta da criação desse foro de discussões foi do secretário-geral da entidade, Walter Feldman. "Foi iniciativa dele criarmos esse congresso do futebol para saber o que nós precisamos fazer para melhorar", disse Del Nero na última quinta-feira, dia em que tomou posse para quatro anos de mandato na presidência da CBF.
Como os primeiros esforços nesse primeiro momento serão para mudar vários trechos e artigos da medida provisória do refinanciamento da dívida fiscal dos clubes, é provável que esse congresso tenha de esperar um pouco para ser efetivado. Também não estão definidos ainda os segmentos que dele participarão. Mas uma das ideias é dar voz a gente ligada ao futebol em nível regional.
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De acordo com Marco Polo - que nesta sexta-feira comanda a primeira reunião de sua diretoria, que também tem como objetivo traçar um diagnóstico geral do futebol na atualidade - os clubes vão ganhar força durante sua administração e também terão voz ativa, e peso importante, na discussão e busca de soluções.
"Essa casa é dos clubes, do futebol. Não é do Marco Polo", disse. "A CBF foi constituída pelos clubes e os dirigentes têm de saber isso, têm de se conscientizar disso, da responsabilidade que (a CBF) tem em relação aos clubes, às federações."
O dirigente promete promover a "harmonia" entre os clubes, administrar conflitos e coordenar os interesses deles. "Temos de evoluir, avançar (em relação às administrações anteriores). Não podemos ficar parados."