O resultado não era um parâmetro importante para o técnico Roberto Fernandes, segundo ele próprio declarou antes da partida. No entanto, a derrota da tarde de ontem pelo placar mínimo para o União Agrícola Barbarense fez soar o sinal de alerta. O fantasma que assustou a torcida do Londrina durante o último Brasileiro se mostrou presente no primeiro amistoso do ano: a fragilidade ofensiva e seu filhote - a escassez de gols.
Os atacantes tiveram desempenho sofrível na partida disputada no interior paulista. O melhor deles foi Paraguaio, que atuou no segundo tempo, quando o jogo já estava prejudicada pelas fortes chuvas.
Marcus Alemão, o atacante mais fixo, com características de homem-gol, não encantou nem mesmo quando ainda tinha fôlego, que acabou antes do final do primeiro tempo. Seu companheiro Negreti também não brilhou. ''Falta um jogador impossível de contratar: o entrosamento'', ironizou o treinador.
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A má atuação foi castigada com um gol aos 46 minutos do segundo tempo. O atacante Rivaldo subiu sem marcação e cabeceou para fazer o gol da vitória. ''Ainda bem que este gol saiu em um jogo de preparação'', declarou Fernandes.
O técnico elogiou a defesa, mas não gostou do rendimento do meio-campo e do ataque. ''Falta uma marcação-pressão mais eficiente e organizar melhor os contra-ataques. O ataque também tem que ser mais rápido e agressivo''.
Fernandes defendeu os jogadores, atribuindo o mau desempenho físico à carga de trabalhos físicos antes da partida. ''É normal. São trabalhos que fadigam muito a musculatura'', disse o preparador físico José Carlos Venturini.
Jamur, um dos poucos que podia comparar a equipe antiga com a nova de dentro do campo, concordou com seu comandante: ''Faltou uma chegada melhor quando o time tinha a posse de bola''.