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Divisor de águas no futebol paranaense

Alexandre Zraik
30 out 2001 às 10:54

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Os resultados do final de semana deixam clara a situação das nossas equipes e suas particularidades. O Coritiba vai respirar aliviado por um bom tempo com os três pontos conquistados no domingo. O Paraná Clube terá dificuldades para buscar a classificação, enquanto o Atlético mostrou que pode chegar entre os líderes aos final da fase classificatória.

As idas e vindas de Ivo Wortmann parece que tiraram aquilo que o coxa demorou tanto a conquistar: o conjunto. Ninguém está fazendo força por ninguém no Alto da Glória e isso é óbvio para quem tem acompanhado os jogos mais recentes do alvi-verde. Além da já conhecida limitação técnica do elenco, agora uma certa morosidade nas ações em campo estão começando a irritar o torcedor. É certo que Evair não tem jogado e ele faz muita diferença quando está em campo. Até porque os colegas parecem forçados a mostrar alguma disposição com o ídolo no gramado. Mas a grandeza do Coritiba não pode estar submetida a um único jogador, por mais extraordinário que ele seja. E Evair é.

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O técnico Paulo Bonamigo mostrou ousadia ao colocar em campo um time ofensivo contra o Sport. Só que perdeu o jogo e agora terá que buscar fora de casa os pontos perdidos. Nada deseperador, afinal o tricolor tem jogado melhor fora do que dentro de casa. Mas a reta final é complicada e até o sobrenatural de Almeida pode interferir. E nós sabemos que ele tem seus meios. Com o Paraná, repete-se o drama coxa: falta de qualidade técnica do elenco. Os atacantes são brigadores, correm o tempo todo, mas não conseguem driblar um zagueiro adversário. É triste de ver. Um contra um e a zaga adversária sempre leva a melhor. Nas jornadas de superação é que o tricolor deverá colocar-se como candidato à classificação.

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Já o Atlético está orgulhando sua vibrante torcida. A vitória de ontem contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, deu mostras de que o time está preparado para disputar algo mais que a vaga na próxima fase. Alguns rubro-negros já falam em título. Dessa vez a "viagem" parece mais viável que em outras épocas, quando a fértil imaginação atleticana conseguia enxergar títulos nacionais partindo de elencos bem mais modestos. Hoje, o rubro-negro paranaense está credenciado a disputar de igual para igual a sequência do campeonato. Ser campeão é o resultado de uma coincidência de fatores que podem ou não estar do lado atleticano. Tão importante quanto o título é frequentar as decisões, impondo-se como uma nova força do futebol brasileiro. E isso o Atlético está conseguindo.


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