Apesar de tentar desviar do assunto na entrevista coletiva que concedeu após o empate sem gols com o Fluminense, o técnico Tite já trabalha pensando nos jogadores que irá perder para o restante do Campeonato Brasileiro. Em meio às saídas de Guerrero e Emerson Sheik, e com a indefinição sobre a permanência de Elias, o treinador fala em "momento de construção do time" e já prevê a utilização de jogadores da base, como Matheus Cassini.
"As pessoas acham que o técnico tem superpoderes. É bom o torcedor compreender que há uma hierarquia. Acima de mim existe um executivo de futebol, diretores de futebol e o presidente. O que for melhor para o Corinthians, o técnico se ajusta", afirmou Tite.
"Não é o técnico quem determina (quem pode jogar em meio a negociações). Vamos definir o ciclo, último jogo... Vamos conversar. A partir do momento que a direção der um parecer técnico, nós vamos passar para vocês."
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Tite negou que não tenha o hábito de dar chances a jogadores da base, algo que deve se intensificar. "Comecei a jogar com 17 anos e, com 20, era capitão do Caxias. Não tenho restrição aos garotos, lancei o Ramón no Atlético-MG quando ele nem tinha completado 17 anos. É só ter a sensibilidade de pegar e não jogar para dentro. É ter a equipe em um momento de confiança para colocar o garoto", considerou.
O treinador também negou que os atrasos nos vencimentos dos jogadores esteja atrapalhando o rendimento do Corinthians. "Quando apresentamos aquele grande futebol também estávamos em uma situação igual. É esse é o parâmetro que estabeleço."