O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão), Wolfgang Niersbach, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia ao cargo. Após uma reunião de emergência, o dirigente disse que estava assumindo a "responsabilidade política" pelo escândalo que recentemente abalou o órgão, acusado de pagar propina a dirigente da Fifa para ser escolhida como sede da Copa do Mundo de 2006.
Em outubro, Theo Zwanziger, antecessor de Niersbach, disse que o dirigente tinha conhecimento de um suposto "caixa dois", que seria utilizado para pagar suborno a integrantes do Comitê Executivo da Fifa - o órgão é responsável por escolher as sedes da Copa do Mundo.
Quando o escândalo estourou, Niersbach negou qualquer irregularidade, dizendo que os 6,7 milhões de euros foram pagos à Fifa em 2002 como uma garantia financeira para que a principal entidade do futebol mundial enviasse à Alemanha uma quantia já disponível para a organização do Mundial. Mas a transação ainda não foi totalmente explicada e a federação chegou a abrir sua própria investigação sobre o caso.
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Na semana passada, autoridades realizaram buscas nas instalações da DFB e na residência de Niersbach. À época, a procuradora de Frankfurt, Nadja Niesen, disse que promotores estão investigando "evasão fiscal em um caso particularmente grave". Os alvos das buscas foram Niersbach, Zwanziger e Horst R. Schmidt, ex-secretário-geral da entidade. Todos os três faziam parte do alto escalão do Comitê Organizador da Copa de 2006.
Presidente da DFB desde 2012 e membro dos Comitês Executivos da Fifa e da Uefa, Niersbach disse nesta segunda-feira que está deixando o cargo com "dor no coração" e que "mantém a boa consciência de que não fez nada de que possa se arrepender".