A manhã começou agitada em Itaquera nesta quinta-feira. Enquanto movimento dos sem-teto protestavam contra os gastos elevados da Copa do Mundo, representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) realizavam mais uma inspeção na Arena Corinthians. Apesar de irregularidades terem sido encontradas, o Ministério do Trabalho e Emprego (MPE) assegura que não existem justificativas para a interdição do estádio.
O setor que mais preocupa são as arquibancadas provisórias norte e sul. Problemas com movimentação de carga e jornada de trabalho foram identificados e notificados ao Corinthians pelos fiscais do Ministério do Trabalho.
Apesar das irregularidades, o MPT não tem autoridade suficiente para interditar a obra. Somente o Ministério do Trabalho e Emprego pode determinar a paralisação. Entretanto, Luiz Antonio Medeiros, superintendente do MTE, não acredita nessa possibilidade. Segundo ele, não há nada que justifique o fato.
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Por sua vez, a Fast Engenharia, empresa responsável pelas obras das arquibancadas provisórias da Arena Corinthians, por meio da sua assessoria de imprensa, divulga que alguns "testes de cargas" serão feitos até a próxima semana e promete que todas as irregularidades constatadas na visita serão resolvidas.
Luiz Antônio Camargo, procurador geral do trabalho, afirma que novas vistorias estão agendadas. E que até o começo dos jogos do Mundial da Fifa o Ministério do Trabalho estará atento a questão dos trabalhadores.
Além de ser palco da abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, em partida entre Brasil e Croácia, a Arena Corinthians receberá no próximo domingo o jogo entre Corinthians e Figueirense, às 16h, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.