Diante de um adversário fraquíssimo, o Brasil realizou um jogo-treino disfarçado de amistoso nesta segunda-feira à noite, em Recife. Precisando fazer as pazes com a torcida depois das vaias contundentes no Morumbi, nada melhor do que uma goleada de 8 a 0 sobre a frágil seleção da China, numa atuação que mostrou brio dos brasileiros. Mesmo quando o placar já era elástico, os jogadores seguiam incisivos no ataque, buscando sempre mais.
Foi assim que surgiram seis gols apenas no segundo tempo. Ramires abriu o placar e Neymar fez o segundo, ainda na etapa inicial, quando três chances claríssimas foram perdidas. Depois do intervalo, gol atrás de gol. No total, foram três de Neymar e um de cada um dos demais homens ofensivos: Oscar, Lucas, Hulk e Ramires. A China ainda ajudou com um gol contra.
Desde 2005 a seleção brasileira não conseguia resultado tão elástico com sua equipe principal, igualando uma goleada sobre os Emirados Árabes Unidos. Com o resultado, Mano ganhou sobrevida no comando da equipe, até pelo menos os amistosos contra a Argentina.
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O JOGO - Diante do fraco time chinês, Mano Menezes arriscou, com Neymar atuando centralizado, Lucas e Hulk jogando mais abertos. Leandro Damião ficou apenas no banco de reservas. De resto, o mesmo time que venceu de pouco a África do Sul.
O baile brasileiro começou logo. E a enxurrada de gols perdidos também. Aos 6 minutos, Oscar girou bonito e cruzou na cabeça de Neymar. Com o gol aberto, o craque mandou para fora. Lucas, que atuava mais fora da área, arriscou de média distância, forte. Cheng espalmou.
Aos 22 saiu o primeiro gol, inteirinho do Chelsea. Ramires começou a jogada pela esquerda, tabelou com Oscar e recebeu na área, batendo na saída do goleiro e abrindo o placar no Recife. Três minutos depois, o segundo gol. A bola foi de pé em pé: de Hulk para Oscar e desta para Neymar, livre no meio de área, empurrar para o gol.
Aí voltou a brincadeira de perder gol. Aos 32, Neymar cruzou da linha de fundo e Oscar, a um passo da linha do gol, mandou no travessão, sem goleiro. Quando Dedé tentou de cabeça, após cruzamento de Oscar, Liu Jianye tirou em cima da linha. Mas nada foi pior que o lance de Neymar aos 41 minutos. Na cara do gol, o craque cortou duas vezes o zagueiro, tirou do goleiro, brincou mais um pouco, e chutou em cima da zaga.
Do intervalo, o Brasil voltou mais sério. E, por isso, não demorou a golear. O terceiro gol foi de Lucas, que recebeu passe de Hulk na esquerda e bateu tirando do goleiro. O centroavante do Zenit fez o quarto, aproveitando o rebote de um chute de Neymar no travessão. O santista marcou o quinto, após cruzamento de Marcelo. E o sexto, depois de Oscar aproveitar erro da zaga e dar a assistência. Neymar novamente só empurrou para o gol.
Outras chances, porém, foram perdidas, quase sempre no preciosismo de Neymar. Diego Alves também teve que trabalhar, num único lance, aos 23 minutos. Na jogada seguinte, tabela de Lucas e Hulk. O são-paulino dominou mal na área, mas quando Liu Jianye tentou cortar, mandou direto pro seu gol. Era o sétimo do Brasil.
Depois disso, Mano tirou Neymar. Diferente do que aconteceu no Morumbi, o craque santista saiu ovacionado para entrar Jonas. Logo depois, Hulk foi empurrado na área. Sem Neymar, Oscar se apresentou, bateu o pênalti e fechou a conta. Com mais reservas que titulares, a equipe caiu de produção, criou pouco, e quase levou um gol chinês no último lance do jogo