A Federação Sérvia de Futebol agiu rápido após o caso de racismo contra o brasileiro Everton Luiz, do Partizan Belgrado, e interditou por tempo indeterminado o estádio do Rad, da mesma cidade, onde as cenas de racismo foram protagonizadas no domingo. O Rad se diz vítima de uma campanha midiática sem precedentes e culpa o meio-campista brasileiro.
Imagens que circularam por todo o mundo no domingo mostram Everton Luiz se dirigindo à torcida da casa após o fim do jogo - vitória do Partizan por 1 a 0 - mostrando o dedo do meio. Uma pequena confusão se forma, com os jogadores rivais tirando satisfação. Depois, o brasileiro é consolado pelos colegas e chora.
"Durante toda a partida fui chamado de macaco, além dos gestos imitando o animal. O som ficava ainda mais forte quando eu estava mais próximo. Chorei, sim, mas chorei de raiva e indignação. Os jogadores rivais compactuaram com estes ataques ao defenderem os torcedores, se é que podemos chamá-los assim. Ao invés de me proteger, me atacaram ainda mais", reclamou o jogador brasileiro.
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Ele cobrou mudanças de mentalidade. "Temos de nos fortalecer enquanto família, amigos, seres humanos. Não é possível que uma pessoa encontre a felicidade tentando diminuir o outro. É muito triste."