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No Mineirão

Estudiantes frustra Cruzeiro e conquista a Libertadores

Agência Estado
16 jul 2009 às 00:28

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- Divulgação/VipComm
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A festa estava armada nesta quarta-feira à noite. O Mineirão pintado de azul esperava pelo tricampeonato do Cruzeiro na Copa Libertadores. Mas o Estudiantes não se importou por decidir o título fora de casa, venceu por 2 a 1, de virada, e conquistou a sua quarta taça da competição continental. Depois que o time mineiro abriu o placar no segundo tempo, com o gol de Henrique, a equipe argentina, liderada pelo experiente Verón, foi valente para buscar a vitória com gols de Fernández e Boselli.

A vitória do Estudiantes em Belo Horizonte acabou por frustrar o sonho do Cruzeiro de coroar a boa campanha na competição com o título, que não vem desde 1997 - o primeiro foi em 76. Após eliminar Universidad de Chile, São Paulo e Grêmio nas fases decisivas, a equipe do técnico Adilson Batista acabou parando na boa marcação e no jogo catimbado dos argentinos. Além disso, o nervosismo acabou atrapalhando na busca pelo empate no fim do jogo.

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Depois de um primeiro tempo truncado, em que o Estudiantes foi mais perigoso nos contra-ataques, o Cruzeiro conseguiu fazer 1 a 0 logo no início da etapa final, em chute de Henrique que desviou em Desábato. Mas Fernández acabou empatando apenas seis minutos depois, em lance que Fábio falhou na saída, e surpreendentemente conquistou a virada na bola parada. Em escanteio cobrado por Verón, o artilheiro Boselli fez de cabeça e silenciou o Mineirão.

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Com o título da Libertadores, o Estudiantes volta a vencer a competição após 39 anos. Além disso, já garante vaga no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em dezembro, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes. A equipe argentina é o quinto time classificado para o torneio. Barcelona, Atlante, do México, Auckland City, da Nova Zelândia, e o anfitrião Al-Ahli, do próprio Emirados, já têm vaga garantida.

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O JOGO - Depois de muitos fogos para saudar a entrada do Cruzeiro em campo, a partida já começou pegada. Apesar de os dois times mostrarem disposição para atacar, as faltas duras por parte do Estudiantes e o revide dos jogadores do Cruzeiro davam o tom da decisão no Mineirão. Logo aos quatro minutos, Verón acertou uma cotovelada em Ramires, dando o troco pela que tinha levado do próprio volante no jogo de ida, em La Plata.


A violência, porém, não era punida pelo árbitro Carlos Chandia. O chileno apenas marcava a falta, mas nada de cartão amarelo. Assim também foi com outras entradas duras de Desábato em Wellington Paulista e de Cellay em Kléber. Já com a bola rolando, o Cruzeiro ficava mais com a posse de bola. No entanto, era o Estudiantes que levava mais perigo no contra-ataque.

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Com o técnico Dunga e os governadores José Serra e Aécio Neves - torcedor declarado do Cruzeiro - nos camarotes, o time argentino criou a primeira chance de gol na partida aos 21 minutos. Fernández recebeu na área, protegeu bem, e fez o passe por cima para Boselli, que tentou bater cruzado e errou. O atacante pegou apenas de raspão na bola, mandando para a linha de fundo.


O troco do Cruzeiro veio aos 24 minutos, quando Wagner partiu com a bola dominada e fez passe na frente para Wellington Paulista. Mas o atacante cruzeirense não conseguiu dominar e a bola sobrou para a boa saída do goleiro Andújar. Já o Estudiantes voltou a levar perigo aos 32, só que Gérson Magrão apareceu na hora certa para desarmar Boselli já dentro da área.

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No restante do primeiro tempo, além da dificuldade do Cruzeiro em tocar a bola no campo de ataque, o único destaque foi a confusão gerada por um desentendimento entre Fernández e Ramires. Depois que o argentino sofreu falta e segurou a bola, o cruzeirense tentou tirá-la dele e mais jogadores de ambos os times chegaram para tirar satisfação. Kléber empurrou Verón pelas costas e os dois foram punidos com o cartão amarelo.


Na saída para o intervalo, os cruzeirenses sabiam que estava difícil chegar ao gol do Estudiantes. "Jogo pegado, nervoso. Tem que colocar a bola no chão e tocar", disse Kléber, que ainda criticou o árbitro. A reclamação foi compartilhada por Wagner. "A gente está tentando chegar pelos lados, toda hora está parando na falta, mas o juiz não está dando nenhuma", afirmou o meia.

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O Estudiantes demorou a retornar dos vestiários e, quando voltou, não demorou para ser surpreendido pelo ímpeto do Cruzeiro no ataque, com o claro objetivo de abrir o placar no início do segundo tempo. Ainda encontrando dificuldades para tocar a bola na frente, a alternativa foi o chute de fora da área. E Henrique foi extremamente feliz assim aos seis minutos, quando chutou e a bola desviou na zaga.


Para delírio da torcida cruzeirense que lotava o Mineirão, o volante tentou o arremate colocado e a bola ia na direção de Andújar, mas Desábato não conseguiu sair da trajetória da bola e matou o goleiro do Estudiantes. Na comemoração, o técnico Adilson Batista correu em direção aos jogadores e também fez a festa. O gol animou o Cruzeiro, que ensaiou uma pressão para buscar o segundo.

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A equipe mineira só não contava com o empate do Estudiantes no contra-ataque. Com 12 minutos, Verón fez lançamento preciso para Cellay na direita. O zagueiro improvisado na lateral direita cruzou rasteiro e Fábio saiu errado, deixando Fernández livre para só empurrar às redes. A igualdade acabou esfriando o Cruzeiro, que seguiu dando espaços para o time argentino, enquanto não conseguia chegar perto da área adversária.


A situação piorou de vez para a equipe brasileira quando o Estudiantes conseguiu a virada no Mineirão. Aos 27 minutos do segundo tempo, Verón cobrou escanteio da direita na cabeça de Boselli. O artilheiro da Libertadores, com oito gols marcados, subiu mais alto que a zaga do Cruzeiro e cabeceou para o chão, no canto esquerdo de Fábio, sem chances para o goleiro do time mineiro.


Após o gol, Adilson resolveu mudar o ataque do Cruzeiro. Depois que Athirson já tinha entrado no lugar de Wagner, pouco antes de Boselli marcar, Wellington Paulista foi substituído por Thiago Ribeiro. A alteração quase deu certo aos 41 minutos. Mesmo com o time brasileiro nervoso em campo, Thiago Ribeiro pegou a sobra de bola após escanteio e acertou um belo chute, mandando a bola no travessão.

E o atacante ainda teria mais uma chance na sequência. Na cobrança de falta pela direita, o Cruzeiro aproveitou para colocar quase o time inteiro na área. A bola foi alçada, passou por todo mundo e sobrou na segunda trave para Thiago Ribeiro, que tentou desviar e errou por muito, mandando para fora. Sem sucesso na tentativa de buscar o empate e levar a decisão para a prorrogação, o Cruzeiro acabou tendo que ver a festa do Estudiantes no Mineirão.


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