José María González, ex-agente de Salvador Cabañas, foi preso nesta sexta-feira e teve os seus bens embargados como garantia no processo judicial que enfrenta depois de ser denunciado pelo jogador paraguaio de suposta fraude e quebra de confiança.
"Decidi pela prisão preventiva com reclusão em cadeia pública de Tacumbú (na Grande Assunção) por existir risco de fuga do país", afirmou aos jornalistas o juiz Pedro Mayor Martínez, após emitir a sentença. "Além disso, ordenei o embargo de todos os seus bens de até 1,5 milhão de dólares", reforçou.
O acusado permaneceu preso durante duas semanas no departamento judicial da Polícia Nacional do Paraguai e, ao ser transportado para a penitenciária, disse: "Cabañas segue sendo meu amigo. Sou inocente e existe uma confusão sobre sua situação financeira, que se esclarecerá totalmente no julgamento".
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González ainda disse que a prisão preventiva foi decretada "somente pela pressão do público e da imprensa, que simpatizam com Cabañas". Segundo a lei, o processo judicial deve ser concluído daqui a menos de três anos.
A esposa do jogador, María Lorgia Alonzo, cobra dois milhões de dólares de González, supostamente em poder da fortuna que teria sido desviada pelo agente, que teria se beneficiado por movimentações financeiras feitas pelo ex-jogador do América do México e da seleção paraguaia para pagar despesas correntes e investimentos em bens contraídos.
Cabañas, de 30 anos, retornou na última segunda-feira de Buenos Aires para a Cidade do México após realizar parte do tratamento para recuperar suas capacidades físicas e cognitivas. Ele recebeu um tiro na cabeça em janeiro em uma casa noturna da capital mexicana. O projétil segue alojado no seu crânio. Por causa do ocorrido, o atleta ficou fora da última Copa do Mundo, na África do Sul, e não pôde mais atuar profissionalmente.