Os atrasos na criação e aprovação de projetos de infraestrutura e a falta de planejamento para a Copa do Mundo de 2014 estão preocupando o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco). Segundo o presidente da regional São Paulo, José Roberto Bernasconi, a preparação do Brasil para a Copa do Mundo está atrasada, podendo significar prejuízos de tempo e também de dinheiro, já que o atraso contribui para que as obras e serviços fiquem mais caros.
"O perigo é que o Brasil perca esse prazo porque já perdemos dois anos. Fizemos muita pouca coisa", afirmou. "Não fizemos os projetos e não fizemos o planejamento adequado. Falta uma coordenação", reclamou Bernasconi.
Segundo ele, os dois primeiros anos de preparação – desde que o Brasil soube que seria sede da Copa - deveriam ter sido destinados ao planejamento, "pensando nas coisas que devem ser feitas", assim como foi realizado pela Inglaterra, país que vai sediar as Olimpíadas de 2012.
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"A Inglaterra passou um ano e meio fazendo projetos de engenharia, escavações e demolições. E depois de três anos é que eles começaram a grande construção, em julho de 2008", comparou.
A maior preocupação, segundo Bernasconi, não é com a construção e reforma das arenas esportivas que, com os projetos prontos podem levar pouco mais de dois anos para serem construídos. A grande questão são as obras de infraestrutura, principalmente as que se referem aos aeroportos e aos problemas recentes como o blecaute de energia elétrica e as enchentes.
"O Brasil receberá o mundo, não só pela televisão. Espera-se perto de 600 mil pessoas estrangeiras", diz. "A situação dos nossos aeroportos não está para brincadeira. Imagine esse número de pessoas chegando, no espaço de dois meses, e tendo que se deslocar de um lugar para outro", afirmou.
Em sua visão, o que deveria ser feito urgentemente é a contratação dos projetos de infraestrutura e definir rapidamente quais projetos de infraestrutura serão realizados.