A Federação Paulista de Futebol praticamente ignorou a audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo realizada nesta terça-feira que teve como objetivo discutir o projeto de lei que estabelece o horário das 23h15 como limite para o término das competições esportivas na cidade.
A entidade mandou para o evento apenas um representante, Américo Calandriello, vice-presidente do departamento de futebol amador. Ele chegou durante a sessão, fez um rápido discurso e se retirou em seguida. Afirmou que a mudança de horário pode afugentar a televisão e os patrocinadores dos jogos, o que seria prejudicial para os clubes financeiramente.
No restante da audiência pública, o que se ouviu foram elogios ao projeto, de autoria dos vereadores Agnaldo Timóteo (PR) e Goulart (PMDB). Já aprovado em primeira votação na Casa, ele deve passar por nova avaliação nesta quarta e, se a maioria concordar, seguirá para sanção do prefeito Gilberto Kassab.
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TODOS A FAVOR
Representantes dos clubes, das torcidas e de associações de bairros da capital paulista consideram positiva a ideia. Acreditam até que a lei pode, em breve, ser nacional. "São Paulo dá o tom do que acontece no Brasil. Se aprovarmos aqui, isso em breve será uma lei federal", disse Goulart.
Agnaldo Timóteo procurou deixar claro que os vereadores não querem abrir uma guerra contra a TV Globo - principal interessada na manutenção do término dos jogos após as 23h15, para não ter que mexer na sua rigorosa grade de programação. "É só o Jornal Nacional começar mais cedo e encurtar a novela no dia do futebol".
Dirigente do São Paulo e vereador, Marco Aurélio Cunha também se mostrou favorável ao projeto. "É um recado para as pessoas pensarem e não colocarem cada vez mais tarde os nossos prazeres".