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'É pessoal'

Felipe dá entrevista e diz que presidente o persegue

Agência Estado
04 ago 2010 às 14:34

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Depois de fracassar na sua tentativa de se transferir para o Genoa, da Itália, e ser acusado pelo Corinthians de forçar a sua saída do clube, o goleiro Felipe resolveu quebrar o silêncio e deu entrevista coletiva nesta quarta-feira para tentar esclarecer a sua situação. O jogador acusou a diretoria do time de colocá-lo como "vilão" e "mercenário" na história e admitiu que "não tem mais clima" para continuar atuando pelo time.

Treinando em separado do elenco corintiano atualmente, por ordem da diretoria, Felipe terminou de dar a entrevista coletiva e, pouco depois, em uma conversa intermediada pela TV Bandeirantes, conversou diretamente com o presidente corintiano Andrés Sanchez. No diálogo, o dirigente admitiu que poderá liberar o atleta oficialmente em um encontro que deverá ser realizado na tarde desta quarta no Parque São Jorge.

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Sanchez disse que Felipe errou na condução da negociação de sua possível saída do clube, mas admitiu que a diretoria também cometeu equívocos neste período. O dirigente afirmou que não pode dispensar o jogador sem que ele aceite abrir mão de um valor de R$ 700 mil de luvas que o atleta recebeu por antecipação, que já estava previsto no último contrato que assinou com o clube.

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Ao ser questionado pelo dirigente se aceitava sair pagando de volta ao clube o valor que recebeu de luvas, Felipe respondeu que sim e prometeu ir ao Parque São Jorge para negociar a sua saída. "A gente podia ter sentado e conversado há muito tempo. Eu saio daqui agora e vou na sua sala e a gente resolve. O senhor falou tanto que ia me despedir...", afirmou o atleta ao presidente.

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Na sequência, ao ser questionado pela TV Bandeirantes se tinha interesse em seguir no Corinthians, Felipe deixou claro que está de saída. "Depois de tudo que foi criado, você acha que tem clima para eu ficar?", perguntou o jogador, que chegou a dizer que a sua não liberação por parte do Corinthians "virou uma coisa pessoal" entre ele e Sanchez, por iniciativa do dirigente, em sua opinião.


O presidente do Corinthians ainda negou que tenha acusado Felipe de ser um mercenário e prometeu facilitar o acordo para liberar o atleta. "Se você devolver as luvas, eu te libero hoje e você será feliz onde você quiser. Se você vir aqui e devolver as luvas do ano passado e as luvas deste ano, eu libero você na hora", prometeu o dirigente.

"Eu posso abrir mão de muitas outras coisas, mas eu não posso pagar para ele ir embora. Eu tenho a obrigação de procurar o melhor para o clube. Eu jamais quero prejudicá-lo, mas jamais eu posso pagar para ele jogar no Braga (de Portugal), no Santos, no Flamengo ou onde quer que seja", reforçou.


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