Depois de ter sido suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol ao ser punido pela Fifa por seu envolvimento em um caso de conflito de interesses no qual foi acusado de ter violado o Código de Ética da Fifa, Michel Platini ganhou uma autorização especial da própria entidade máxima do futebol para poder estar presente nesta quarta-feira, em Atenas, na Grécia, no congresso no qual será realizada a eleição que determinará o novo presidente da Uefa.
Após pedido feito pelo organismo que controla o futebol europeu, o Comitê de Ética da Fifa confirmou que a Uefa clamou para que fosse aberta "uma exceção para que o senhor Platini possa fazer um curto discurso de despedida" na capital grega. "O presidente da câmara decisória (da Fifa), senhor Hans-Joachim Eckert, concedeu essa exceção como um gesto de humanidade", explicou um comunicado enviado pelo gabinete do juiz da Fifa à agência de notícias Associated Press.
Ex-presidente da Uefa e ídolo histórico da seleção francesa, o dirigente cumpre uma suspensão de quatro anos depois de ter sido punido por conflito de interesses em um caso que teve envolvimento do ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, suspenso por seis anos do futebol após ser condenado por sua participação no episódio e que ainda espera o resultado de sua apelação na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).
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Em maio passado, uma suspensão de seis anos, aplicada em outubro de 2015, foi apenas diminuída para quatro após Platini apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) contra punição aplicada pela Fifa. O suíço de 80 anos de idade é suspeito de ter pago indevidamente US$ 2 milhões ao francês em 2011.
Sem Platini na presidência da Uefa por causa da suspensão aplicada pela Fifa, apenas dois candidatos estão na disputa pelo cargo máximo do futebol europeu. A Uefa optou por não apontar um nome interino para a presidência antes de convocar novas eleições. Três nomes estavam confirmados para o pleito, mas Ángel María Villar retirou a sua candidatura na semana passada.
Com a desistência do dirigente espanhol, apenas o esloveno Aleksander Ceferin, que hoje preside a entidade que comanda o futebol da Eslovênia, e o holandês Michael van Praag, que ocupa o mesmo posto à frente do futebol da Holanda, irão concorrer ao cargo.
Nas últimas semanas, as federações nacionais da França e da Alemanha declararam apoio oficial a Ceferin na eleição da Uefa, que irá definir o presidente que completará o terceiro quadriênio do mandato que Platini teria a cumprir e será encerrado no início de 2019. Já a Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), outra entidade de peso, confirmou apoio a Van Praag. Membros das 55 federações filiadas à Uefa irão votar na eleição desta quarta-feira.