O Comitê de Ética da Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou nesta segunda-feira o banimento do futebol do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin. O dirigente foi punido pela entidade por ter participado de casos de suborno e corrupção durante o período de 2012 a 2015. Fora o afastamento, Marin terá de pagar uma multa de 1 milhão de franco suíços, o equivalente a R$ 3,8 milhões pela cotação atual.
A entidade máxima de futebol afirmou que Marin violou o artigo 27 do seu Código de Ética ao participar de esquema de propinas na negociação de contratos com empresas para as vendas de direitos de transmissão de competições organizadas tanto pela CBF como pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e pela Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
Marin, de 86 anos, cumpre atualmente prisão nos Estados Unidos, onde foi condenado em agosto de 2018 pelos mesmos casos de suborno e propinas punidos agora pela Fifa. A Corte Federal do Brooklyn, em Nova York, acusou o ex-dirigente brasileiro de receber cerca de R$ 23 milhões de empresas em troca da liberação de contratos para a transmissão de televisão e para ações de marketing de competições como a Copa América e a Copa Libertadores.
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Pela punição da Fifa, Marin está proibido de exercer qualquer atividade relacionada ao futebol, seja no âmbito esportivo ou administrativo. Quem recebeu punição semelhante pelo mesmo caso de propinas foi outro ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Banido em abril de 2018, ele ainda tenta recorrer da decisão.
Por meio da nota oficial que divulgou para confirmar a punição aplicada a Marin, a entidade máxima do futebol também confirmou que o ex-dirigente foi comunicado sobre a mesma nesta segunda-feira, quando a sanção entra em vigor com efeito imediato.