A Fifa apontou a crise na CBF e o indiciamento dos últimos três presidentes da entidade, todos acusados de corrupção, entre eles José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, como motivos para o corte de transferência de dinheiro ao Brasil. Ao Estado de S. Paulo, membros do alto escalão do Comitê de Auditoria da entidade indicaram que suspenderam as transferências financeiras por "precaução". "Em quem confiar nesse momento?", questionou um representante do Comitê. Assim, a Fifa deverá esperar por algumas definições no País para dar seu próximo passo nesse sentido.
O Estado de S. Paulo publicou detalhes de como terrenos comprados em cidades como Palmas estavam abandonados por causa do corte de recursos. A reportagem foi a única a visitar os locais que a CBF havia designado como destino dos recursos da Fifa, mas encontrou apenas mato e terrenos abandonados. O legado da Copa do Mundo que o Brasil receberia da entidade estava avaliado em US$ 100 milhões.
Apenas US$ 8,7 milhões chegaram e por enquanto não chegará mais nada. O Comitê de Auditoria admite que não existem "provas" de desvios de verbas. "Mas optamos pela precaução", indicou fonte em Zurique. A direção de Comunicação da CBF confirmou o congelamento dos recursos.