A Fifa anunciou nesta segunda-feira a suspensão por toda vida de qualquer atividade relacionada ao futebol de Brayan Jiménez, ex-presidente da Federação Nacional de Futebol da Guatemala (FENAFUTG), que se tornou o mais novo dirigente punido por envolvimento no grande escândalo de corrupção que abalou a entidade que controla o futebol mundial.
Ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, Jiménez já havia se declarado culpado, no ano passado, de associação ilícita e de outros crimes, entre eles a cobrança de subornos. E, ao anunciar esta sanção, a Comissão de Ética da Fifa informou que a declaração de culpabilidade do dirigente "se refere a dois diferentes quadros criminais: um deles, por solicitar e receber subornos de empresas de marketing em relação com a concessão dos direitos de comercialização das Eliminatórias da Copa do Mundo na região de UNCAF (União Centroamericana de Futebol), enquanto o outro está relacionado a certos acordos (irregulares) para que a seleção nacional do país (Guatemala) disputasse jogos amistosos na região da UNCAF".
A Comissão de Ética da Fifa, presidida pelo juiz independente Hans Joachim Eckert, concluiu que Jiménez violou os artigos 13 (regras gerais de conduta), 15 (lealdade), 18 (obrigação de denunciar, cooperar e prestar contas), 19 (conflito de interesses) e 21 (suborno e corrupção) do Código de Ética do organismo que rege o futebol mundial.
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Jiménez, que também foi membro da Comissão de Desportividade e Responsabilidade Social da Fifa, já havia sido extraditado aos Estados Unidos em março do ano passado para responder às acusações de corrupção, tendo posteriormente se declarado culpado.
Ao comunicar a punição de forma oficial, a Fifa ressaltou nesta segunda-feira que a mesma significa que Jiménez não poderá desempenhar "para o resto da vida toda atividade relacionada ao futebol (administrativa, esportiva ou qualquer outra) em nível nacional e internacional".
A investigação contra Jiménez foi aberta em 4 de dezembro de 2015 e conduzida por Cornel Borbély, presidente da câmara de inquérito do Comitê de Ética da Fifa, que iniciou a apuração depois de ter recebido, no dia anterior, um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Este órgão norte-americano trabalhou junto com a Justiça da Suíça, país onde fica a sede da Fifa, na investigação que provocou punições ou prisões de uma série de dirigentes do primeiro escalão do futebol mundial, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.