A noite parecia de festa. Faixas e bandeiras não escondiam a vontade da torcida rubro-negra pela volta de Adriano. Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love tinham grande atuação e o Flamengo vencia o Olímpia, do Paraguai, por 3 a 0, nesta quinta à noite, no Engenhão, até aquele momento a melhor partida do time no ano. Mas a tragédia se consumou, com uma reação heroica dos paraguaios nos 15 minutos finais e o empate por 3 a 3 teve um sabor muito amargo para os cariocas.
Nem mesmo a liderança do Grupo 2 da Libertadores, com cinco pontos, servia para consolar a massa nas arquibancadas e os jogadores abatidos dentro de campo. "Não tem como explicar um resultado desse. Tomamos gols que não podíamos tomar e sofremos um empate com sabor de derrota. Agora vamos ter quer buscar esses pontos fora de casa", disse um aborrecido e estupefato Vagner Love, ao fim do confronto histórico.
O Olímpia sai satisfeito e com confiança renovada do Rio, com quatro pontos e a segunda colocação da chave, empatado em pontos com o Lanús, da Argentina. O Emelec-EQU soma três. Brasileiros e paraguaios voltam a se enfrentar dia 28, desta vez no Paraguai, em partida que se tornou chave para as duas equipes.
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Em uma primeira etapa movimentada, os visitantes mostraram que não iriam se limitar a defender. Ao marcar pressão, os paraguaios criavam dificuldades para a saída de bola rubro-negra. Aos 13, eles só não saíram em vantagem porque o goleiro Paulo Victor salvou em cima da linha cabeçada de Orteman.
Mais tarde, Vagner Love fez jogada individual e deixou Bottinelli na cara do gol. O argentino tocou com categoria por sobre Silva para abrir o marcador. A vantagem poderia ter sido maior quando Ronaldinho achou o artilheiro livre, mas a jogada foi invalidada por impedimento, em lance difícil para a arbitragem.
"Estamos bem, fizemos um gol. A torcida pressiona para atacarmos, mas é preciso paciência", pediu Ronaldinho, que elevou o nível de atuação no segundo tempo.
Aos 11, Vagner Love tabelou com Luiz Antônio e foi derrubado por Silva na área. Ronaldinho cobrou bem e ampliou. Animado, o meia deu um passe de muita visão para Luiz Antônio marcar o terceiro, aos 19.
Com seu técnico, Gerardo Pelusso, expulso no intervalo, o Olímpia mostrou muito brio e iniciou a reação. Primeiro diminuiu em cobrança de falta violenta de Zeballos. Quando Caballero acertou belo chute cruzado, aos 39, a partida ganhou uma tensão inesperada. A tragédia se consumou aos 44. Bola perdida na intermediária e Marín apareceu livre na área para chutar cruzado e igualar uma partida quer já entra para o rol das maiores decepções rubro-negras e maiores feitos do Olímpia.