O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, tirou, como ele mesmo disse, mais um esqueleto do armário do clube da Gávea. Referia-se ao acerto do pagamento da dívida de R$ 17 milhões com o meia Ronaldinho Gaúcho, que continua sem time para jogar nesta temporada. O processo na Justiça levou quase quatro anos.
Ronaldinho deixou o Flamengo no início de 2012, antes do fim do contrato, reclamando de atrasos salariais. Inicialmente o craque cobrava R$ 40 milhões. Depois, pediu outros R$ 15 milhões por danos morais. Antes que a Justiça desse um veredicto final, a diretoria do Flamengo, que queria pagar entre 12 e 15 milhões de reais, negociou com os advogados de Ronaldinho e conseguiu um denominador comum: R$ 17 milhões.
"Graças ao trabalho do nosso jurídico, estamos conseguindo equacionar estas pendências que encontramos no clubes desde 2013, quando aqui chegamos", comemorou Bandeira de Mello, adversário político de Patrícia Amorim, presidente do Flamengo na época em que Ronaldinho atuou pelo clube e tida como responsável pelo 'esqueleto'.
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À época, a Traffic, empresa de J. Hawilla e parceira do Flamengo, era responsável pelo pagamento de parte dos salários do jogador. Descontente com a parceria, ela deixou de pagar a sua fatia e o Flamengo achou por bem assumir a dívida para manter o jogador no elenco. Sem dinheiro, atrasou salários.
Agora, para quitar a dívida, o Flamengo vai pagar R$ 5 milhões à vista e dividir os R$ 12 milhões restantes em 10 parcelas mensais. O acordo foi homologado na 9ª Vara do Trabalho da 1ª Região do Rio. Segundo Bandeira de Mello, o valor não vai comprometer o orçamento do clube. Ronaldinho fez 74 jogos com a camisa do Flamengo, marcando 28 gols.