O Flamengo conquistou neste domingo o tricampeonato carioca pela quinta vez em sua história e a hegemonia no Rio de Janeiro. Faturou o 31º título estadual, um a mais que o Fluminense, ao derrotar o Botafogo nos pênaltis por 4 a 2, após empate no tempo normal por 2 a 2 - nos mesmo moldes da decisão de 2007 entre os dois clubes.
O time comandado pelo técnico Ney Franco deixou o Maracanã desolado e com o incômodo rótulo de tri vice - perdeu a terceira final regional em sequência para o rival. O herói do Flamengo foi o goleiro Bruno, que defendeu pênalti cobrado por Victor Simões no tempo normal, quando o Flamengo vencia por 2 a 0.
A exemplo de 2007, Bruno se transformou numa muralha na disputa por pênaltis. Tornou-se um gigante debaixo da baliza e defendeu cobranças do zagueiro Juninho e do volante Leandro Guerreiro. "Pênalti não é loteria. Mantive a tranquilidade e fui feliz", disse o goleiro, entre um cumprimento e outro.
Ao escutar o grito de "ão, ão, ão, o Cuca é campeão" vindo das arquibancadas, o técnico Cuca se ajoelhou no gramado e chorou. Estava aliviado e emocionado com o primeiro troféu de expressão que erguera em sua carreira. "Muito obrigado", dizia para os torcedores.
Realmente, tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Depois de sofrer dois gols na primeira etapa, quase ninguém apostava numa reação alvinegra, ainda mais sem seus principais atletas: o meia Maicosuel e o atacante Reinaldo, vetados da final por contusão.
No entanto, o time de General Severiano empatou o jogo, com gols de Juninho e do volante Túlio Souza, e parecia que o título estava próximo. Parou por aí. "Entrei para a história do Flamengo. É a terceira vez seguida que sou campeão estadual. Não tem como segurar a emoção", vibrou o lateral-esquerdo Léo Moura.