Em dia de homenagens ao ex-atacante Ézio, morto na última quarta-feira, vítima de câncer, o Fluminense recebeu o lanterna América-MG na noite deste sábado, num Engenhão lotado, com a missão de vencer e assumir a liderança provisória do Campeonato Brasileiro. Mas o time carioca perdeu o jogo por 2 a 1, frustrando a sua torcida e desperdiçando a chance de virar líder.
Uma rodada depois de derrotar o líder Corinthians, o América-MG voltou a surpreender neste sábado e, com a vitória no Rio, deixou a lanterna do campeonato. Está agora com 31 pontos, dois na frente do Avaí. O Fluminense, por sua vez, ficou em terceiro lugar, estacionado nos 56 pontos, ainda dois atrás dos dois primeiros colocados, que jogam neste domingo e podem abrir vantagem.
Para os mais de 40 mil presentes ao Engenhão, o clima foi de enorme frustração. Em noite pouco inspirada dos atacantes Fred e Rafael Sóbis, a ausência do meia Deco, suspenso, foi muito sentida pelo Fluminense. O jovem meia argentino Lanzini não deu criatividade ao time carioca, que jamais venceu o América-MG em oito jogos no Campeonato Brasileiro, com quatro derrotas.
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"Foi uma noite horrível para a gente, temos que esquecer. Agora é pensar no próximo jogo. Foi muito abaixo do que podemos fazer", disse o volante Edinho, do Fluminense. "Estamos sonhando, acreditando. É possível, mas não é fácil. Foram duas vitórias importantíssimas para seguirmos vivos na competição", comentou o atacante Alessandro, autor do gol da vitória.
Um desavisado que assistisse ao primeiro tempo do jogo deste sábado apontaria o América-MG como o time que lutava pela primeira colocação e não contra o rebaixamento. Jogando suas últimas cartas para não cair, a equipe mineira massacrou os donos da casa nos primeiros 45 minutos. Foi um autêntico bombardeio americano.
Assim, o goleiro Diego Cavalieri foi o personagem dessa primeira metade da partida. Defendeu um pênalti cobrado por Fábio Júnior e evitou outros dois gols do atacante do América-MG. Aos 38 minutos, porém, ele falhou no chute cruzado do bom Kempes: 1 a 0, placar que ficou muito barato para o Fluminense antes do intervalo.
Na tentativa de virar o rumo da partida, o técnico Abel Braga voltou do intervalo com Diguinho e Araújo nos lugares de Valencia e Lanzini. Como não apresentou resultado, ele também lançou o atacante Rafael Moura no lugar do lateral Jefferson com 20 minutos. O Fluminense foi para cima. Mais na base da raça do que na técnica.
Com quatro atacantes, sobravam homens de frente e faltava categoria no meio-de-campo do Fluminense. Do outro lado, o América-MG tentava os contra-ataques, mas encontrou o segundo gol na base do toque de bola. Após triangulação, Alessandro aumentou o placar aos 33 minutos.
Na base da pressão, o Fluminense diminuiu três minutos depois: Rafael Moura pegou a sobra e chutou forte para fazer seu 11º gol no campeonato. Mesmo sem jogar bem, o time carioca buscou o empate até o fim. Mas o América-MG se fechou totalmente na defesa e segurou a vitória que lhes permite sonhar com a permanência na divisão de elite.