São Paulo e Fluminense fizeram um jogo com dois tempos bem distintos neste sábado à noite. No primeiro, um confronto morno, sem criatividade de ambos os lados. No segundo, finalmente executaram o que se esperava do duelo entre dois dos melhores times da competição. Em meio à imprevisibilidade da etapa final, os cariocas aproveitaram melhor as oportunidades e saíram com uma importante vitória por 3 a 1 do Morumbi, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado foi tão importante porque coloca o Fluminense no G4 da competição, pelo menos de forma provisória, com 40 pontos, na quarta colocação. Além disso, encerrou a série de três partidas sem derrota que tanto incomodava o técnico Cristóvão Borges. No próximo sábado, o time carioca volta a campo para pegar o Bahia, no Maracanã.
Já o São Paulo se distancia ainda mais do líder Cruzeiro, que empatou na rodada, e segue em terceiro com 43 pontos, dez atrás dos mineiros. O time paulista volta a atenção agora para a Copa Sul-Americana, já que na terça-feira entrará em campo diante do Huachipato, novamente no Morumbi.
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Em meio a um momento irregular, o São Paulo ainda não teve o técnico Muricy Ramalho neste sábado, já que ele segue internado por conta de uma arritmia. A equipe voltou a ter muitos altos e baixos na partida e acumulou o quarto jogo seguido sem vitória. Melhor para o Fluminense, que entrou em campo com uma formação mais defensiva, sem Rafael Sóbis, mas foi preciso nas poucas oportunidades que teve.
O JOGO - O primeiro chute a gol foi do Fluminense, com Conca, que arriscou de longe e parou em Rogério. Mas o início era do São Paulo. A equipe paulista dominava a posse de bola e só não levava perigo porque Kaká e Ganso estavam apagados. Na primeira vez em que apareceram, Ganso achou Kaká livre entrando pela esquerda, mas o ex-jogador do Milan cruzou muito mal para a área.
Apesar de o São Paulo ficar mais com a bola, o Fluminense parecia mais encaixado em campo, encontrando bons contra-ataques e assustando a defesa adversária. Quando os cariocas eram superiores, o São Paulo utilizou-se do contra-ataque para levar perigo. Aos 38 minutos, Rafinha saiu jogando mal, Auro roubou e deu lançamento preciso nas costas da defesa para Pato, que tentou ajeitar de cabeça para Alan Kardec. No meio do caminho, Diego Cavalieri afastou com o pé. Na sobra, a bola voltou com Pato, que dominou e bateu. Desta vez, Cavalieri espalmou para evitar o primeiro.
Logo na volta para o segundo tempo, o São Paulo voltou a se aproveitar da linha de impedimento do Fluminense para criar. Aos três minutos, Pato deu lançamento perfeito para Kaká, que dominou sozinho, deixou a bola escapar e tentou tocar de letra para Alan Kardec, mas entregou na mão de Cavalieri.
Mas na primeira ida ao ataque do Fluminense no segundo tempo, saiu o gol. Desta vez foi a defesa do São Paulo que tentou sair em linha. Conca, sempre preciso, deu enfiada perfeita para Fred. Livre e em posição legal, o atacante tocou de primeira, de esquerda, sem chance para Rogério Ceni, aos sete minutos.
A resposta do São Paulo não demorou. Aos 11 minutos, Ganso encontrou Alan Kardec pela direita, o atacante dominou e rapidamente colocou na área para Alexandre Pato, que tocou para o gol.
O Fluminense quase voltou à frente aos 13, quando Cícero bateu rente à trave. Os dois gols mudaram completamente o panorama da partida. O jogo morno, quase sem graça, do primeiro tempo se transformou em um confronto aberto, com oportunidades de ambos os lados e até lances mais brigados no meio de campo.
O duelo era aberto. Aos 26 minutos, Ganso arriscou de fora e levou perigo. No minuto seguinte, o Fluminense fez o segundo. Fred aproveitou erro na marcação de Denilson e rolou para Wagner. O meia cortou para o meio e, mesmo de direita, bateu com categoria, cruzado, vencendo Rogério Ceni.
Em desvantagem, Milton Cruz lançou Luis Fabiano, que havia selado o empate de quarta-feira diante do Flamengo nos últimos minutos. A pressão são-paulina se repetiu, Cavalieri ainda precisou fazer bela defesa em chute de Osvaldo, mas foi o Fluminense que marcou mais um, em cobrança de falta perfeita de Dario Conca, calando o Morumbi.