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'Animal'

Futebol ficou chato demais, analisa Edmundo em Londrina

Marco Feltrin - Redação Bonde
26 set 2015 às 09:39

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- Instagram/Reprodução
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Os mais de 70 gols marcados por Edmundo pelo Palmeiras no início da 'era Parmalat', que pôs fim a um jejum de 17 anos sem títulos do clube, fizeram do jogador um dos maiores ídolos da história recente do alviverde.

O agora comentarista da TV Bandeirantes esteve em Londrina na sexta-feira (26) para uma noite de autógrafos com torcedores, promovida pela Academia Store, loja oficial do Palmeiras no shopping Catuaí.

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Em entrevista, o ex-jogador de 44 anos com mais de 300 gols na carreira comentou sobre o atual momento do futebol brasileiro, considerado 'chato' se comparado aos anos 90, quando ele brilhava ao lado de figuras irreverentes como Romário, Viola, Paulo Nunes, entre outros.

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"Ficou chato por culpa nossa, e me incluo nisso porque hoje atuo como comentarista. A gente sempre cobrou muito do atleta. Se o Brasil fosse cobrado como os atletas são, com certeza teríamos um país melhor. A gente joga toda nossa frustração em cima do resultado do nosso time. As alegrias também, porque se ganhou está tudo OK. Mas pessoas do entorno do futebol fizeram que atletas virassem mercadoria. Era mais gostoso quando eram apenas jogadores. Hoje corre mais, marca mais, os jogadores tem media training, personal stylist, essas palavras difíceis aí que nem fazem parte do meu vocabulário", compara Edmundo.

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Na análise do comentarista, as mudanças de comportamento da sociedade também interferiram para a caretice do futebol. "Eu achava muito bacana o Túlio dizer que ia fazer três gols no domingo porque era o rei do Rio. Todo mundo gostava disso. Hoje você não vê ninguém falando. Se falar, vai estar menosprezando adversário, desrespeitando instituição, não é politicamente correto. São coisas do cotidiano que foram levadas para o futebol e atrapalham, e muito, o espírito alegre da época que eu vivi".


Sobre as polêmicas envolvendo arbitragens, cada vez mais questionadas por erros que favoreceriam determinados clubes, o ex-jogador aponta que a tecnologia, ao mesmo tempo em que aparece como facilitador por exibir um lance polêmico com câmeras de diversos ângulos, acaba sendo uma covardia com o árbitro e os assistentes, que precisam tomar uma decisão em fração de segundos.


"Tenho quatro, cinco monitores à minha disposição com vários ângulos e ainda tenho dificuldade, minutos depois, de ter uma ideia formada sobre o lance. O árbitro não é profissional, não é preparado como deveria, mas ele não é o único culpado. A CBF se isenta de custos e abraça os lucros. Seria uma oportunidade dela investir na arbitragem, no árbitro de TV para acabar um pouco com essa história de que foi roubado".

Edmundo se diz 'muito feliz' na função de comentarista, mas não descarta outros rumos dentro e fora do futebol, seguindo os passos de Romário, seu colega de ataque no Flamengo de 1995. "Dá vontade de seguir carreira como técnico. Muito de vez em quando, de entrar na política. Não porque gosto, mas porque vejo a necessidade de retribuir tanta coisa que recebi. Acredito muito nas pessoas do bem. Ser do bem é obrigação, não virtude. E eu acho que pessoas do bem tem que estar à frente do País. Mas isto é mais para frente, porque tenho quatro filhos e preciso do salário da Band", brincou o "Animal".


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