Sem Elano e Neymar, na seleção, sobrou para Paulo Henrique Ganso a responsabilidade de tirar o Santos da crise. Mesmo sem ter renovado seu contrato, o meia mostrou que o clube pode contar com ele. Em três jogadas criadas por Ganso, o Santos venceu na noite desta quarta-feira o Mogi Mirim por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela 15.ª rodada do Paulistão, e amenizou a má fase santista.
Ainda à espera de um técnico e em situação difícil na Libertadores, o Santos pelo menos alivia a pressão no Campeonato Paulista. Recupera-se da derrota para o Bragantino na rodada passada e se mantém próximo aos outros três grandes paulistas. Até o final dos jogos de São Paulo e Corinthians, é o vice-líder, com 31 pontos, atrás apenas do Palmeiras, e com cinco pontos de folga sobre o Mirassol, o primeiro pequeno na classificação.
Além disso, quase garante a classificação às quartas de final, uma vez que abre 11 pontos sobre o São Caetano, nono colocado, a quatro rodadas do fim da fase de classificação. O Mogi Mirim briga pelo G-8, mas é o 12.º, com 18 pontos.
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O JOGO - Sem a dupla que serve à seleção brasileira, o Santos entrou em campo na Vila Belmiro ameaçado de crise. Todas as esperanças estavam depositadas nas costas de Paulo Henrique Ganso, que não vive seus melhores momentos com a torcida depois de recusar a proposta de renovação contratual com o clube. Ainda assim, o meia era o principal nome santista e porto seguro da equipe que perdia duas de suas principais referências.
E Ganso não fugiu da responsabilidade. Dele saiu a primeira grande chance do Santos. O meia deu bom passe para Felipe Anderson, o meia chutou no canto esquerdo rasteiro e João Paulo espalmou para a linha de fundo. Após a cobrança de escanteio, Paulo Henrique decidiu. Ele pegou rebote na entrada da área e viu que a defesa do Mogi Mirim errava na linha de impedimento. Só rolou para Zé Eduardo, que recebeu na cara do gol, escolheu o canto e abriu o placar, aos 7 minutos de jogo.
Pelo tanto de posse de bola que tinha e pela mínima resistência que o Mogi oferecia, parecia que o Santos aplicaria uma goleada na Vila Belmiro. Mas não foi isso que aconteceu. Apesar da atuação dedicada de Ganso, o ataque não funcionava. Keirrison parecia estar em mais uma noite ruim. Na melhor chance santista, já aos 40 minutos, Felipe Anderson recebeu na cara do gol, tentou encobrir o goleiro e mandou muito por cima.
O segundo tempo começou novamente com Ganso desequilibrando. Aos 3 minutos, ele enfiou bola para Pará, que invadiu a área e chutou forte. João Paulo rebateu nos pés de Keirrison. O atacante teve tranquilidade para matar a bola, ajeitar, e empurrar ela rasteira para o gol.
Também repetindo a primeira etapa, o Santos não conseguia transformar a superioridade na posse de bola em chances de marcar gols. Felipe Anderson deu lugar a Alan Patrick para mudar esse panorama, mas só Ganso mesmo conseguia desequilibrar. Aos 17, ele ergueu bola na área, na cabeça de Edu Dracena. João Paulo pegou no reflexo.
A única coisa que mudou foi a vontade do Mogi Mirim em atacar. Percebendo a falta de vontade santista, os visitantes foram para frente e assustaram Rafael duas vezes. Na terceira, o goleiro ficou batido. Menos de um minuto depois de entrar em campo, Cristiano recebeu na direita da área, bateu rasteiro e descontou.
Logo em seguida, porém, Ganso mostrou que era o homem do jogo. Aos 29, ele voltou a colocar a bola na cabeça de Edu Dracena, que desta vez cabeceou no canto e fechou o placar.