Ricardo Gareca é Verdão. Em sua primeira entrevista coletiva no novo clube, nesta sexta-feira, o argentino negou que não gosta da cor verde - supersticioso, ele brincou com a fama quando dirigia o Vélez Sarsfield (ARG) - e disse que chega com o desejo de entrar para a história.
- Não gosto de verde? É falso. Se fosse assim não teria vindo ao Palmeiras - disse o ex-centroavante de 56 anos, que recebeu das mãos do presidente Paulo Nobre uma camisa do clube com o número 9 às costas. Branca? Não, a verde com a Cruz de Savoia criada em homenagem ao centenário.
Gareca esforçou-se para que os jornalistas o entendessem. Ele falou em espanhol, mas de forma pausada, e pediu que fosse da mesma forma com as perguntas. O zagueiro Lúcio chegou a declarar que um estrangeiro poderia ter dificuldades com o idioma, mas não é tão difícil compreender o que El Tigre fala.
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- Vamos tratar de nos adaptar ao Palmeiras, não que o Palmeiras se adapte a nós. A história do Palmeiras é maior que a minha história - declarou. - Vim para ganhar, quero ficar na história do Palmeiras ganhando algo. Oxalá possamos conseguir - enfatizou.
O novo palmeirense trabalha como técnico desde 1995. Ele ganhou a segunda divisão argentina e a Copa Conmebol com o Talleres de Córdoba (ARG), ainda nos anos 90. Em 2008, foi campeão peruano pelo Universitario. No Vélez (ARG), seu último clube, ganhou três títulos argentinos e uma Super Final, que é a disputa entre os campeões dos dois "torneios curtos" disputados a cada temporada.
- Eu não posso prometer títulos, não sei o que vai acontecer amanhã. Vivo o presente. O único que posso prometer é entregar o máximo que tenho ao Palmeiras - completou.
Gareca só assumirá o comando na parada da Copa do Mundo - o interino Alberto Valentim segue à frente do time nos três jogos que antecedem o Mundial. O primeiro jogo oficial será em 16 de julho, contra o Santos, na Vila Belmiro.