Pela primeira vez desde que assumiu o Paraná Clube, o técnico Geninho deverá adotar a tática do "mistério" para definir o time, que enfrenta o Vasco no sábado, às 16 horas, no Couto Pereira, em Curitiba, na partida que decide uma vaga na semifinal da Copa João Havelange. Diante da possibilidade de escalar três atacantes, o treinador já confirmou que vai deixar para o último minuto a oficialização de quem começa jogando.
Como perdeu o primeiro jogo do mata-mata por 3 a 1, o Paraná tem que ganhar por 2 a 0 para ficar com a vaga. Se vencer por 3 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Se tomar dois gols, tem que fazer três de diferença para se classificar.
Geninho disse que espera com a dúvida dificultar um pouco a vida do Vasco. "São situações diferentes jogar com mais um ou menos um no ataque e isso pode fazer a diferença também na formação do adversário. Se podemos deixar essa dúvida no ar, vamos aproveitar isso".
Leia mais:
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
'Corroendo por dentro', diz Gabigol sobre sofrimento com Tite no Flamengo
Brasília quer sediar final da Libertadores 2025, diz presidente da Conmebol
Mas na verdade, pelo menos a princípio, o treinador não deve mesmo ainda saber o que fazer. Ele observou que a situação é muito complicada para o Paraná Clube, que tem que fazer gols, mas não pode tomar. "É difícil jogar assim contra o Vasco, pois até podemos fazer quatro, mas para isso teremos que nos abrir e é quase inevitável não tomar gols. Vou estudar até sábado a melhor formação para não errar", disse.
Numa possível mudança em relação ao time que vinha iniciando as partidas, Narcízio pode começar no time. A dúvida maior é quem deve sair. Como é provável que Geninho não abra mão do esquema com três zagueiros, pode sobrar para algum atleta do meio-de-campo.
Independente de qual será a formação, Geninho vai exigir que o Paraná seja mais agressivo contra o Vasco. "Perdemos o primeiro jogo porque fugimos das nossas principais características, que era a forte marcação e o ataque com vários jogadores ao mesmo tempo. Isso tem que mudar no sábado".
Os próprios jogadores concordam que o Paraná tem que ser mais ousado. O atacante Flávio disse que "seria produtivo" ter mais um atacante ao seu lado. "Na primeira partida estava muito marcado e isolado na frente. Se tiver mais alguém para dividir a atenção dos zagueiros, acho que fica mais fácil para o Paraná chegar na área".
A partir de hoje o Paraná passa a treinar no Couto Pereira. O objetivo é deixar os jogadores mais acostumados ao gramado.