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23 anos no poder

Gestão de Teixeira foi marcada por títulos e denúncias

Agência Estado
12 mar 2012 às 14:33

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A gestão de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durou 23 anos e foi encerrada oficialmente nesta segunda-feira, quando José Maria Marín, seu substituto no comando da entidade e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, anunciou a saída definitiva do dirigente de ambos os cargos. Nesse período, a seleção brasileira conquistou diversos títulos, mas a entidade também ficou marcada por várias denúncias de corrupção.

Teixeira foi eleito para a presidência da CBF em janeiro de 1989 ao derrotar Nabi Abi Chedid no pleito para suceder Octávio Pinto Guimarães. No mesmo ano, a entidade criou a Copa do Brasil. Outra mudança relevante no futebol brasileiro se deu em 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos.

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Também em 1989, a seleção brasileira faturou o título da Copa América, encerrando um jejum de 50 anos sem vencer o torneio continental. A seleção também venceu a competição em 1997, 1999, 2004 e 2007.

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Em 1994, a seleção brasileira voltaria a quebrar um longo período sem conquistas. Dessa vez, da Copa do Mundo, vencida nos Estados Unidos. A equipe também venceu a competição em 2002. Sob a presidência de Teixeira, a equipe também foi campeã das Copa das Confederações, em 1997, 2005 e 2009.

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Apesar do sucesso dentro de campo, vários escândalos surgiram na CBF sob a presidência de Teixeira. No retorno do grupo campeão da Copa do Mundo de 1994, Teixeira se envolveu em polêmica, acusado de forçar a liberação de mercadorias compradas nos Estados Unidos sem o pagamento de impostos.


Além disso, Teixeira foi um dos principais alvos da CPI do Futebol, no Senado, e da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, em 2001. As comissões provocaram a abertura de vários processos contra o dirigente, que acabou sendo absolvido. Mais recentemente, em 2009, a organização do amistoso entre Brasil e Portugal, foi alvo de acusações de irregularidades e corrupção.

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Os escândalos, porém, não se resumiram ao futebol brasileiro. No ano passado, a emissora britânica acusou Teixeira e outros dirigentes de terem recebido propina da empresa de marketing ISL. Os documentos sobre o caso, que chegou a ser arquivado pelo judiciário suíço, podem ser reabertos.


Em 1997, Teixeira firmou um contrato milionário de patrocínio para a seleção brasileira com a Nike. O aumento do número de patrocinadores e da receita da CBF foi, aliás, uma das marcas da sua gestão. Dez anos depois, o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo de 2014.

Os rumores sobre a saída de Teixeira da CBF começaram a surgir em fevereiro. A entidade realizou um Assembleia Geral da entidade em 29 de fevereiro, mas não foram anunciadas decisões relevantes. Na semana passada, o dirigente se afastou do comando da CBF através de uma licença médica. Nesta segunda-feira, porém, deixou a presidência da entidade e do COL em definitivo.


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