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Presidente

Gobbi critica FPF e Palmeiras e vê Corinthians 'tratado como moleque'

Agência Estado
06 fev 2015 às 20:31

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Mario Gobbi, presidente do Corinthians, reafirmou em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, a intenção de não deixar o time ir a campo no clássico contra o Palmeiras, domingo, no Allianz Parque, caso seja mantida a determinação da Federação Paulista de Futebol de torcida única.

"O Corinthians não merece ser tratado como moleque. Tomamos um 'passa-moleque' da Federação Paulista e do Palmeiras. Dar os ingressos não é favor, é dever. A única forma de consertar algo que foi errado é distribuir o ingresso", afirmou o presidente do Corinthians.

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O presidente corintiano afirma que a determinação do Ministério Público para torcida única no clássico foi motivada por razões políticas. Mario Gobbi revelou uma conversa com o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, no qual o palmeirense teria dito que o Allianz Parque não foi planejado para receber visitantes.

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Segundo Gobbi, Paulo Nobre não quer ter prejuízo de 12 mil cadeiras, espaço exigido pela Polícia Militar para o isolamento das torcidas. O corintiano também manifestou "tristeza" com o comportamento do palmeirense e reafirmou o conteúdo de uma nota divulgada nesta quinta-feira pelo Corinthians que considera a medida discriminatória - o jogo de torcida única valeria apenas para o jogo do dia 8.


A juíza Luiza Barros, da 10ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, acatou o pedido de liminar do Corinthians que pede a realização do clássico contra o Palmeiras com duas torcidas. A decisão, no entanto, é parcial. De acordo com o despacho, o Ministério Público de São Paulo não tem direito de ameaçar nem punir o clube, ou qualquer entidade ligada à venda dos ingressos para a torcida visitante. Essa decisão cabe unicamente à Federação Paulista de Futebol, que deve se pronunciar definitivamente ainda hoje.

Gobbi também criticou a maneira como o processo foi conduzido. "Não é dessa maneira, sorrateiramente, nos bastidores, na calada da noite, que se muda uma regra. Seria preciso estabelecer uma norma, dar publicidade e dar tempo para o torcedor se acostumar a ela", afirmou.


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