Após a eliminação na Copa Libertadores da América, o Grêmio deve passar por readequações no seu elenco. Os dois primeiros nomes que podem sair do clube gaúcho são o lateral-esquerdo André Santos e o atacante Vargas. Mas não por uma vontade expressa dos dirigentes gremistas e sim por questões contratuais.
A situação mais complicada é do lateral. André foi emprestado pelo Arsenal até a metade deste ano. Com a queda na Libertadores, a tendência é que o jogador retorne para a Inglaterra, por ter um contrato vantajoso financeiramente com os ingleses. A situação depende de novas negociações entre os Gunners e o Grêmio.
- O André Santos tem contrato até o final de julho, tem uma valorização financeira muito boa no Arsenal. Para que ele possa ficar, temos que ter uma renegociação. Foi a condição para o negócio sair. Já conversei com o André, falamos disso, é uma situação difícil. Depende mais do Arsenal do que do Grêmio - comentou o diretor executivo Rui Costa.
Leia mais:
Botafogo sucumbe à maratona e amarga queda precoce no Mundial
Flamengo quer tirar 'pai de geração do bilhão' do Palmeiras
Como Flamengo planeja transição do futebol a Bap com último ato de Braz
Ex-rivais, Talles Magno cita amizade com Hugo no Corinthians
Outra situação existente é a de Vargas. O chileno foi emprestado pelo Napoli até o final do ano. Mas os italianos podem requisitar o retorno do atacante ao final dos primeiros seis meses. O técnico do time de Nápoles sairá do clube, o que pode acarretar um chamado da Europa para o retorno. O Tricolor tem interesse em achar alguma situação para comprar o jogador.
- O Vargas o empréstimo dele é de um ano, com a cláusula que permite ao Napoli requisitá-lo. O treinador pode deixar o clube, e o novo treinador pode querer contar com o Vargas. Ele quer muito ficar no Grêmio, mas o Napoli fez um investimento superior a 10 milhões de euros para contratá-lo. Precisamos de criatividade e trabalho para ele ficar aqui mais seis meses e também em definitivo conosco - comentou Rui.
O Grêmio irá ter de mudar um pouco os valores investidos no futebol sem a Libertadores. A queda na competição também cria uma queda de receitas que não estava esperada. Os investimentos feitos pelo clube gaúcho foram altos, com contratações de grandes nomes, e resultaram em um déficit de R$ 28 milhões no primeiro trimestre.