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Por salários

Greve de funcionários interrompe obras da Copa

Agência Estado
08 jul 2009 às 13:59

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Uma greve de 70 mil funcionários da construção civil parou nesta quarta-feira as obras para a Copa do Mundo da África do Sul. Os trabalhadores pedem aumento de 13% em seus salários - os empregadores oferecem reajuste de 10,4%.

O movimento dos trabalhados pode atrasar o planejamento de inauguração de pelo menos três estádios que receberão o Mundial - o Soccer City, em Johannesburgo, o Green Point, na Cidade do Cabo, e o Moses Mobhida, em Durban.

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Obras de infraestrutura, como construção e reforma de rodovias, também foram afetadas. As construções precisam ficar prontas até domingo para atender às exigências da Fifa.

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As associações de trabalhadores no país reclamam que há uma disparidade muito grande no salário dos funcionários. Segundo as entidades, há funcionários que recebem 5 dólares (cerca de 10 reais) por semana; o salário mínimo sul-africano é de 200 dólares mensais.


"A situação é muito triste, porque as pessoas acham que os trabalhadores têm de sacrificar e ganhar pouco só porque há uma recessão. Só que a crise sempre afeta a nossa classe mais do que às outras", disse Bhekani Ngcobo, um dos negociadores do movimento.

A greve deflagrada nesta quarta-feira não tem data prevista para terminar. Autoridades sul-africanas têm criticado os trabalhadores por tomarem uma atitude que ameaça a realização da Copa do Mundo no país.


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