Após o empate por 1 a 1 contra o Vitória no último domingo, em Salvador, o desânimo tomou conta do elenco e da torcida do Corinthians. Afinal, o clube havia acabado de perder a liderança do Campeonato Brasileiro para o Fluminense, a duas rodadas do término da competição. E o pior: com o time tricolor do Rio tendo pela frente o desinteressado Palmeiras e o fraco Guarani.
No entanto, o técnico Tite fez questão de mudar rapidamente esta realidade. Na base da conversa e do convencimento, trabalhou a semana toda para levantar o moral do grupo. E aparentemente conseguiu, afinal, todos os atletas do Corinthians, em suas entrevistas, fazem questão de deixar claro que acreditam no título do Brasileirão.
Mas o que o treinador teria utilizado para animar seus comandados? Exemplos do passado. Para Tite, o mundo do futebol sempre mostra que nunca se pode jogar a toalha antes que o árbitro apite o fim do jogo - ou, neste caso específico, que o Corinthians não tenha mais nenhuma chance matemática de ser campeão.
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"Eu já perdi uma final de Campeonato Brasileiro que estava ganha até os 13 minutos do segundo tempo da prorrogação", declarou. O treinador se referia à decisão de 1986, quando atuava pelo Guarani como jogador. Na época, Careca empatou o confronto nos instantes finais e o São Paulo faturou o título na disputa de pênaltis.
O técnico do Corinthians também lembrou da final da Liga dos Campeões da Europa de 1999. Na ocasião, o Bayern de Munique (ALE) vencia o Manchester United (ING) por 1 a 0 até os acréscimos, mas de forma surpreendente os ingleses viraram o marcador e foram campeões. "Li no livro do Alex Fergusson [técnico do Manchester United] que ele já havia até se levantado para cumprimentar o treinador adversário pelo título quando aconteceu o inesperado".
Para Tite, neste momento ninguém tem que pensar nos outros jogos. "Temos que fazer a nossa parte, que é bater o Vasco e o Goiás nestas duas últimas rodadas", assinalou.