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Após a Copa

Jogador rompe silêncio e alfineta Maradona

Agência Estado
12 ago 2010 às 22:12

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- Reprodução
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O volante Verón rompeu o silêncio nesta quinta-feira, mais de um mês depois da eliminação da Argentina na Copa do Mundo, e alfinetou Maradona, que deixou o comando da equipe recentemente. O jogador argentino questionou as opções do ex-técnico da seleção, que o tirou do time titular durante o Mundial, e pediu que o novo treinador seja escolhido por méritos e não somente pelo reconhecimento nacional.

"Temos que abrir a mente, avaliar as pessoas que trabalham na seleção. Tem que ser alguém da elite do futebol argentino e tem que ser escolhido pela capacidade", declarou Verón, sem citar nomes de possíveis candidatos ao cargo de técnico da Argentina. O volante disse temer que se repita a situação de 1986, quando os campeões mundiais de 1978 foram chamados para comandar a equipe. "Não tenho nada contra eles, mas deve ser definido pela capacidade", reforçou.

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Em relação à conduta de Maradona à frente da seleção, Verón evitou críticas diretas, mas mostrou ressentimento por ser preterido durante a Copa. "Diego é muito efusivo em suas declarações e se mete em questões que depois são difíceis de levar adiante. Em um momento ele disse que queria que eu fosse o Xavi (da Espanha) na nossa seleção. Em seguida, ele te tira do time. Isso dói", reclamou Verón.

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Ainda sem saber as motivações de Maradona para o tirar do time, o volante disse que ainda precisa conversar com o ex-técnico da equipe. "São questões táticas. Eu não dava o que eles [comissão técnica] estavam querendo e decidiram buscar outra coisa. "Eu estava pronto para jogar, mas ele me disse que queria me poupar, que viriam coisas muito importantes, e depois me tirou do time".


Verón questionou também o posicionamento de Messi sob o comando de Maradona. Para o volante, o craque do Barcelona não se sentia confortável no esquema tático utilizado na Copa. "Ele não está acostumado a voltar tanto [para receber a bola]. Já é difícil pedir a ele carregar a bola por 50 metros, principalmente com os rivais que tem lá na frente. Ele não estava acostumado a jogar dessa maneira e isso ficou claro".

Questionado sobre a troca de farpas entre Maradona e Carlos Bilardo, diretor de futebol da seleção, Verón foi diplomático e evitou assumir uma posição. "Carlos fez boas coisas pela seleção, mas também deixou a desejar em alguns momentos", declarou.


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