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Jogadoras do Paraná Basquete ameaçam greve

Redação - Folha do Paraná
23 fev 2001 às 21:02

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As atletas do Paraná Basquete ameaçam abandonar o IV Campeonato Brasileiro Feminino caso a Secretaria da Fazenda não libere verbas para a manutenção da equipe. A ação deverá ser colocada em prática nos próximos dias 3 e 5 de março, quando elas enfrentam a AA Guaru, em Guarulhos (SP) e o Brasil Juvenil, em São Luis (MA) respectivamente.

Além dos salários, atrasados desde dezembro, a equipe não tem recursos para pagar as despesas de hospedagem e alimentação das atletas durante as viagens. Mas o problema não atinge apenas o time de basquete. Ele se estende e começa a atingir todo o projeto Paraná Basquete, criado há dois anos com o objetivo de difundir o basquete no Estado e que atende 4.300 crianças.

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Para normalizar a situação a Secretaria da Fazenda deve repassar cerca de R$ 300 mil à Paraná Esporte, o que ainda não aconteceu. "Não conseguimos falar com o secretário da Fazenda", disse Marcos Tocafundo, presidente da autarquia. Caso esse dinheiro não seja liberado até o final do mês o total pode chegar a R$ 450 mil. Mensalmente são gastos aproximadamente R$ 150 mil na manutenção do projeto.

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Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o responsável pela pasta, o secretario Ingo Hubert, que acumula o cargo de presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), viajou na última quinta-feira e só retorna após o Carnaval.

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A decisão de não colocar a equipe na quadra foi tomada após uma reunião entre as jogadoras e a comissão técnica. Muitas delas atrasaram até mesmo os aluguéis. Nesta sexta-feira, elas treinaram pela manhã e foram liberadas pelo técnico Antônio Carlos Vendramini durante o Carnaval.


Segundo o coordenador Hélio Vendramini, a Confederação Barsileira de Basquete (CBB) paga apenas 15 passagens aéreas. A comida e hospedagem ficam por conta das equipes. "Uma delegação enxuta como a nossa viaja com pelo menos 18 pessoas. O que excede das quinze passagens nós pagamos", disse Vendramini.

As despesas com hospedagens custam em média R$ 1,9 mil por jogo e outros R$ 1,1 mil são gastos com alimentação. Somente com os dois jogos a serem disputados em Guarulhos e em São Luis o Paraná vai gastar aproximadamente R$ 6 mil, além das passagens aéreas de quem ultrapassar a cota de 15. "Sem recebermos as verbas fica difícil sustentar a situação", concluiu Vendramini.


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