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Jogadores do Santos estudam ir à Justiça após corte de 70% no salário

Folhapress
14 mai 2020 às 09:26
- Reprodução / Instagram
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O elenco do Santos estuda ir à Justiça contra o clube por divergências no valor do corte de salários em meio à crise provocada pela pandemia da Covid-19. Os jogadores afirmam que, depois de negociações com a diretoria, abriram mão de 30% dos seus vencimentos referente aos meses de abril, maio e junho.

Na última quinta-feira (7), porém, eles foram surpreendidos na véspera da data de pagamento com a informação de que a redução seria ampliada para 70%. O clube fez o depósito somente nesta terça-feira (12) e defende que o corte real é de 35%, não de 70%, porque metade do desconto será devolvido nos meses seguintes para os jogadores. Não está claro de que forma isso será feito.

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A justificativa da diretoria do clube, presidido por José Carlos Peres, é que a redução nesse patamar se faz necessária para evitar a demissão de funcionários com salários de até R$ 6,1 mil, que são 80% do quadro total. Estes não sofrerão reajustes.

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Um acordo de 30% de desconto nos salários dos jogadores teria sido sacramentado entre as partes no dia 9 de abril. Além disso, eles também abriram mão de mais R$ 6 mil mensais para serem repassados a outros funcionários do clube.

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"Gostaria de avisá-los que hoje entrará o salário de março integralmente. Também, o aceite da proposta de 30% para o mês de abril", disse o diretor de futebol, William Thomas, no grupo de WhatsApp que reúne cinco atletas considerados os líderes do elenco. "Solicito aqui o de acordo de vocês com relação ao acordado acima, para que possamos dar seguimento na homologação", completou.


Na véspera do pagamento de abril, Thomas enviou nova mensagem: "Como ainda não há um acordo com os atletas profissionais, nem por meio do sindicato correspondente, após conversas com o grupo de capitães o clube decidiu realizar o depósito possível".

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A mensagem causou revolta entre os atletas, que também reclamam por não terem sido procurados diretamente por Peres. O volante Carlos Sánchez, que tem sido o porta-voz do elenco na negociação, afirma ter sido ignorado pelo presidente.


Os jogadores foram orientados pelos seus procuradores e advogados a não concordar com a proposta nem assinarem documentos. O advogado Alan Belaciano, conhecido de alguns deles, foi procurado para orientá-los.

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"São muitas as mensagens e questionamentos, vou me inteirar e até o final do dia dou um retorno sobre a situação", disse Belaciano à reportagem.


Os jogadores também apresentaram queixas aos sindicatos dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), presidido por Rinaldo Martorelli, e do Município de São Paulo (SIAFMSP), presidido por Washington Mascarenhas.
Segundo a diretoria do clube, houve várias rodadas de negociação com o elenco, mas sem acordo, o que tornou necessária uma medida imediata para aliviar os problemas de caixa.

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A proposta inicial dos atletas era um desconto de 15%, que seriam ressarcidos integralmente mais tarde. A resposta de Peres foi que esse percentual pouco aliviaria a situação financeira do clube.


Além disso, a diretoria se mostrou irritada com o que considerou intransigência por parte dos jogadores. Estes, por sua vez, argumentam que sempre ajudaram diretamente funcionários. Após fortes chuvas no litoral paulista, que deixaram mais de 42 mortes e centenas de pessoas desabrigadas no início do ano, eles fizeram doações e aportes financeiros sem alarde a famílias de pessoas que trabalham no Santos.


O presidente do Sapesp afirma que a medida provisória editada pelo governo federal que prevê a redução salarial não afasta necessidade de acordo entre as partes.

"Mesmo que a agremiação devolva 35%, continua em vulnerabilidade. Não pode fazer uma mudança unilateral de contrato sem o consentimento dos atletas", diz Rinaldo Martorelli. Ele afirma ser possível até que o elenco consiga a rescisão de seus contratos, mas para isso todos os atletas teriam de concordar.


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