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Mustafá Contursi

Justiça condena ex-presidente do Palmeiras por venda ilegal de ingressos

- Reprodução / Instagram
Folhapress
19 mai 2020 às 08:35
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O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou o ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi Majzoub, 79, culpado por venda ilegal de ingressos, prática também conhecida como cambismo. O ex-dirigente foi condenado com base em dois artigos da lei do Estatuto do Torcedor: "vender ingressos de evento esportivo por preço superior ao estampado no bilhete" e "fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete".

Mustafá foi condenado a três anos e dez meses de reclusão, porém o juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior converteu a pena no pagamento de 25 salários mínimos (equivalente a R$ 26,1 mil) a instituições de caridade, por conta da idade avançada do ex-dirigente.

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Ele, que completará 80 anos em setembro deste ano, presidiu o Palmeiras de 1993 a 2004. Cabe recurso à decisão.
Mustafá passou a ser investigado pela polícia em outubro de 2017. Segundo a acusação, ele recebeu 70 ingressos em cada partida do Palmeiras como mandante entre o final de 2016 e setembro de 2017. Os bilhetes teriam sido entregues pela patrocinadora Crefisa, gratuitamente, e vendidos pelo ex-presidente com a ajuda de um funcionário.

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A principal patrocinadora do clube tem direito a ingressos na parte superior-oeste e central-oeste do Allianz Parque, com valor de face variável (simbólico) de R$ 20 a R$ 40. Testemunhas arroladas na investigação, porém, afirmam que pagavam entre R$ 200 e R$ 300 por ingresso.

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Em junho de 2018, uma sindicância interna do Palmeiras concluiu que não houve irregularidade na conduta de Mustafá. O Ministério Público afirmou que não havia elementos que comprovassem o seu envolvimento e chegou a arquivar o caso.


Porém, após um pedido de José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, o órgão pediu novas investigações.
Lamacchia é casado com Leila Pereira, presidente da empresa, conselheira do Palmeiras e pré-candidata à presidência do clube em 2021.

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O funcionário de Mustafá, que em depoimento confessou a prática e se declarou arrependido, disse que realizava a venda por meio de grupos de WhatsApp.


Em seu depoimento, o ex-presidente negou as acusações e declarou que recebia um envelope de Leila com 50 ingressos por jogo e os redistribuía gratuitamente.

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em setembro de 2019, Mustafá disse que estava sendo acusado após ter se negado a apoiar uma mudança no estatuto do clube que era do interesse de Leila e fez com que ela antecipasse o direito de disputar a presidência do clube já em 2021.


A reportagem procurou Mustafá para comentar a decisão. Ele não atendeu aos telefonemas da reportagem até a publicação deste texto.

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ENTENDA O CASO


Caso de polícia - out.2017
Polícia abre inquérito para investigar notícia publicada na imprensa (ESPN) de que Mustafá Contursi, 79, estaria envolvido em venda irregular de ingressos cedidos pela Crefisa, patrocinadora do Palmeiras

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Ingressos por votos - jun.2018
Sindicância interna do clube conclui não existir indícios de venda ilegal contra Mustafá, mas aponta que os ingressos foram distribuídos por interesses políticos do ex-presidente e de Leila Pereira, presidente da Crefisa


Arquivamento - set.2018
Ministério Público pede o arquivamento do caso por considerar que não existem elementos que comprovem o envolvimento do ex-presidente do clube nos crimes

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Novas investigações - out.2018
José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira e principal acionista da Crefisa, pede novas investigações


Denúncia - dez.2018
Ministério Público denuncia Mustafá Contursi com base nos artigos 41-F e 41-G do Estatuto do Torcedor. No 1º caso, a pena é de 1 a 2 anos de reclusão, além de multa. No 2º, de 2 a 4 anos de reclusão, além de multa

Condenação - mai.2020
Mustafá é condenado a três anos e dez meses de reclusão, porém, o juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior converte a pena em pagamento de 25 salários mínimos


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