Depois de o Palmeiras perder por 2 a 1 para o Fluminense, no último domingo, em Barueri, o atacante Kléber não escondeu a insatisfação por ter virado pivô de mais uma crise envolvendo o clube do Palestra Itália. Após o duelo, ele admitiu que está há dois meses sem receber salários referentes ao seu direitos de imagem e criticou, sem citar nomes, a postura de membros da diretoria palmeirense, mas negou que vá deixar o clube.
No último sábado, o diretor de futebol do Palmeiras, Wlademir Pescarmona, negou que Kléber sairá do Palmeiras, após ter dito que nenhum jogador, exceto o goleiro Marcos, é inegociável atualmente no clube. O dirigente, porém, admitiu que se reuniu com o atacante para discutir pendências referentes aos direitos de imagem do atleta.
"Se tiver proposta para jogador tem que vender mesmo, mas acho que eles (dirigentes) não podem falar que fulano que não quiser ficar não fica, que o ano que vem vai sair. Não precisa falar isso, isso a gente trata internamente. Se soubessem o esforço que eu fiz para vir para o Palmeiras, mesmo sabendo que o Palmeiras não pagava salário há quatro meses. Então as pessoas não sabem de nada disso e mesmo assim eu vim, mesmo assim penso em continuar, a não ser que os diretores não queiram que eu fique. Aí cheguem em mim e falem e a gente resolve", disse Kléber.
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O atacante também negou que tenha ficado chateado com a pressão da torcida palmeirense em Barueri por uma derrota do próprio time diante do Fluminense, tendo em vista o fato de que a equipe carioca briga diretamente pelo título com o Corinthians. Antes do duelo, os jogadores do Palmeiras chegaram a ser xingados e sofreram ameaças em caso da conquista de um resultado que beneficiasse o arquirrival paulista.
"Eu acho que clube grande funciona assim. Qualquer outro time que fica tanto tempo sem ganhar uma competição é normal que venha a pressão. Às vezes passa um pouco do limite em relação à agressão, acho que só atrapalha, mas a gente entende também o lado do torcedor, às vezes ele tem que cobrar, mas não com agressão, faltando com respeito, jogando pedra, mas tem que cobrar porque o Palmeiras é um time grande e todo mundo sabe da história do Palmeiras. Cara que não aguentar a pressão não pode jogar nem em Palmeiras, nem em Corinthians, nem em Cruzeiro, nem em Flamengo, nem em São Paulo", disse o atleta, revelando que foi alvo da ira da torcida.
"Me xingaram também, mas a gente (jogadores) não fica triste não, a gente está muito mais triste pela perda da (Copa) Sul-Americana, que fez com que a gente sentisse muito no jogo de hoje (domingo)", assegurou, negando que tenha deixado de se empenhar contra o Fluminense.