O estádio La Bombonera, do Boca Juniors, foi fechado na manhã desta sexta-feira, 15, pelo Ministério Público de Buenos Aires para inspeção e "proteção de provas". Na noite de quinta-feira, 14, torcedores locais - não há espaço para visitantes em jogos entre times argentinos, como medida de precaução - atacaram com gás pimenta jogadores do River Plate quando regressavam pelo túnel inflável para o segundo tempo do clássico que definiria o rival do Cruzeiro nas quartas de final da Copa Libertadores.
A partida estava 0 a 0. Ainda nesta sexta-feira, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidirá se os pontos do jogo vão para o River ou se o período restante será jogado no fim de semana em campo neutro e sem torcida.
"O estádio do Boca está fechado. Durante o dia será inspecionado", resumiu o procurador-geral do município, Martín Ocampo. O objetivo é investigar falhas na segurança e descobrir quem jogou o gás no túnel, que fica grudado à torcida 12, a barra brava mais conhecida do clube. Imagens mostram um homem com o rosto parcialmente coberto furando o plástico do túnel através das grades que separam o campo da torcida organizada.
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Pelo menos quatro jogadores do River tiveram lesões de diferentes gravidade na pele e na córnea. O caso mais grave era o do meia Leonardo Ponzio. Os outros atingidos são Leonel Vangioni, Ramiro Funes Mori e Matías Kranevitter. Todos passaram de madrugada pelo Instituto de Queimados de Buenos Aires e foram liberados.
Segundo o inciso primeiro do artigo 23 do regulamento da Conmebol, "qualquer equipe cuja responsabilidade determine o resultado de um jogo será considerada perdedora por 3 a 0". Se não for comprovada a autoria, a partida deveria continuar dentro de 24 horas, ou em outra data estabelecida pela Conmebol.
Os principais questionamentos foram lançados sobre a rigidez da revista no estádio, que não detectou a entrada do gás. Sinalizadores foram lançados e até um drone com uma bandeira com a letra B, em referência ao rebaixamento do River em 2011, sobrevoou o gramado.