Uma das características desejadas pela diretoria do São Paulo na sua procura por um treinador que substituísse Adilson Batista era o pulso firme. Anunciado pelo clube como novo técnico da equipe, Emerson Leão leva consigo essa fama, mas, na sua apresentação à imprensa, nesta segunda-feira, negou o rótulo.
"Às vezes a imagem é desagradável. Na hora necessária, dentro do respeito profissional, vamos tomar a decisão, com respeito principalmente ao atleta", disse o treinador, questionado a respeito da possibilidade de cobrar atletas que não vêm rendendo o esperado, casos dos jovens Casemiro e Lucas, principalmente.
Outra fama do treinador é a de não gostar de jogadores estrangeiros. E o São Paulo tem dois no elenco: o lateral-direito paraguaio Piris, que vem sendo titular, e o meia argentino Marcelo Cañete, que tem sofrido problemas físicos. Leão nega que vá criar empecilhos se os dois mostrarem resultados. "Se não gostasse de estrangeiro bom, não estava no Brasil, pois em todos os times há jogadores de fora. O que eu sempre digo é que precisa ter qualidade e capacidade. Aí a nacionalidade não importa."
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Leão chega ao São Paulo com contrato curto, apenas até o final do ano. Mas ele não se sente desprestigiado. "Acho que o São Paulo estava procurando aquilo que melhor entendia. Quando você é escolhido a dedo é porque a responsabilidade é maior", disse o treinador, que estava sem trabalhar desde que deixou o Goiás, em agosto do ano passado.
O novo técnico já viaja com o elenco nesta segunda-feira para o Paraguai. Na quarta, o São Paulo pega o Libertad, do Paraguai, em Assunção, em busca de uma vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana. "O São Paulo tem meio resultado e precisa confirmar isso. Um jogo que normalmente já seria difícil. Com a necessidade de exclusão ficou ainda mais difícil", disse Leão.