A renúncia de Ricardo Teixeira à presidência da CBF ainda repercute nos clubes brasileiros. Técnico da seleção brasileira entre 2000 e 2001, Emerson Leão não quis mais falar sobre o ex-homem forte da entidade que rege o futebol nacional.
Questionado se a saída do dirigente seria benéfica ou maléfica para o País, o comandante do São Paulo pediu desculpas ao repórter, mas não quis tocar mais no assunto. "Entendo sua pergunta, ela faz todo o sentido, é pertinente, mas não quero mais falar sobre isso. Chega. Acabou, é passado", explicou.
Leão mudou o tom quando falou sobre suas expectativas para a gestão de José Maria Marín. Apesar do novo presidente da CBF falar em continuísmo, o treinador elogiou sua experiência política. Marín tem relação muito próxima com o São Paulo e inclusive jogou pelo clube na década de 50.
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"Eu o conheço há mais de 40 anos e tenho certeza de que tentará fazer o seu melhor. Muito se tem falado sobre sua idade (79 anos), mas isso também acarreta em experiência e o Marín é um político. O que precisamos torcer é para que ele tenha bons assessores", afirmou.
Leão havia entrado em atrito com a CBF, então liderada por Teixeira, no final de fevereiro, por conta da convocação de Lucas para o amistoso da seleção brasileira contra a Bósnia, na Suíça. A escalação do meia iria impedir sua participação no clássico com o Palmeiras dois dias antes, pelo Paulistão.
A CBF, contudo, recuou após críticas públicas de Leão e liberou o atleta para viajar após a disputa do clássico. Por conta da polêmica, a entidade ameaçou entrar com uma representação contra o treinador no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).