O paraguaio Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol e alvo de ação da Justiça norte-americana em um caso de corrupção, se colocou à disposição das autoridades do seu país. Ricardo Preda, advogado de Leoz, disse nesta sexta-feira que entregou uma nota breve ao gabinete do procurador-geral do Estado comunicando que seu cliente está pronto para se submeter ao processo judicial paraguaio no caso de extradição.
O presidente da Conmebol entre 1986 e 2013 continua internado no hospital Migone, de sua propriedade, onde trata de uma crise de hipertensão, segundo Preda. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou a prisão de Leoz com fins de extraditá-lo para responder pelas acusações de conspiração em atividades de crime organizado, lavagem de dinheiro e subornos.
Como parte das formalidades legais, Preda disse que a promotoria recebeu na última quinta-feira a ordem de prisão de Leoz, que em setembro completará 87 anos. Dentro de um prazo máximo de três dias úteis, o juiz encarregado Humberto Otazú terá que apresentar sua opinião sobre se Leoz deve ir para a prisão ou enfrentar o processo de extradição em liberdade devido à sua idade avançada.
Leia mais:
Quem está na comissão que complementa Filipe Luís e que pode dirigir o Flamengo
São Paulo cria guia turístico do futebol paulista
Yuri Alberto tenta ser recordista no Corinthians e no Brasileiro
Busca do São Paulo por um camisa 10 está no início
Enquanto isso, o deputado Hugo Rubin, do partido de oposição Encontro Nacional, apresentou nesta sexta-feira um projeto de lei para revogar a lei de imunidade diplomática que possui o prédio da Conmebol em Luque, na periferia norte de Assunção.
"Essa imunidade concedida por lei em 1997 não permite que a Conmebol, eventualmente, seja invadida pela justiça para a apreensão de qualquer documento referente a investigações por suposta corrupção", disse o deputado.