Londrina Esporte Clube e Karilu não estão mais juntos. Após vários anos, o clube e a marca londrinense que fornecia os materiais esportivos não chegaram a um acordo pela renovação do contrato, que terminou neste início de abril. Em suas redes sociais, o Londrina agradeceu a parceria com a Karilu e citou José Arlindo Francio, proprietário, e Carlos Eduardo Bovolin, o Kadu, diretor geral da empresa. A FOLHA conversou com Kadu sobre o fim da parceria e a não renovação contratual.
“Tivemos negociações desde que a Squadra iniciou o processo de SAF. Eles apresentaram o que queriam, mas a proposta não foi viável para a Karilu”, destacou o diretor.
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“Fizemos uma contraproposta, mas não fechamos um acordo. Entramos no Paranaense (deste ano), firmamos um contrato para fornecer os materiais até o fim do Estadual, e ao término da competição o contrato se encerrou. Sabíamos que o LEC estava desejando mudanças, querendo cuidar dos negócios das camisas. Procuraram algumas marcas esportivas e decidiram seguir outro caminho. A partir daí, não conversamos mais. Fiquei sabendo que eles já estavam negociando com outra marca”, seguiu.
O LEC deve anunciar a nova fornecedora nos próximos dias e a tendência é que a nova parceira do clube não apareça no material esportivo, atuando como fábrica de uniformes.
“Querem a gestão feita por eles, não pela Karilu. Para isso, seria necessário refazer todo o modelo de negócio. Queriam uma certa quantidade de material esportivo, não queriam a marca esportiva na camisa. Deixamos as portas abertas, tudo certo, e encerramos neste mês de abril. A Karilu se colocou à disposição deles como fábrica, caso queiram produzir material esportivo com a Karilu, podemos ser fornecedores”, indicou Kadu.
A Karilu entrou no LEC em 1999 e desenvolveu a camisa daquela temporada, retornando em 2001 para se fixar no clube após anos de constantes trocas nos fornecedores. A empresa londrinense seguiu até 2004, ano da queda da Série B para a Série C, e ficou fora por dois anos, quando o LEC chegou a ter a Dalponte como fornecedora. O retorno da Karilu foi em 2007 e a empresa nunca mais saiu. Com isso, a marca forneceu camisas de títulos como a Copa Paraná, em 2008, da segunda divisão do Campeonato Paranaense, em 2011, além dos títulos da elite do Paranaense, em 2014 e 2021, e da Primeira Liga, em 2017. Questionado sobre a camisa mais marcante feita pela Karilu para o LEC, Kadu não teve dúvida.
“A camisa preta de 2013. Foi especial porque foi a primeira camisa preta da história do Londrina. O Sérgio (Malucelli) lançou ela para o sócio-torcedor. Chegou um momento que a procura foi tão grande que todo mundo queria a camisa, então o Sérgio liberou a venda geral. O que tinha, vendeu. Criou polêmica, mas foi a queridinha”, lembrou ele, que lamentou a queda na procura das camisas do Londrina nos últimos anos.
“Na Série C é muito difícil vender camisa. Nos últimos anos do Sérgio já foi difícil, houve rebaixamento, depois voltou, rebaixou de novo. O time não estava bem, e isso repercute diretamente nas vendas. Os anos em que mais conseguimos comercializar camisas foram os anos de título, os acessos e a Primeira Liga, foi quando tivemos uma boa comercialização de produtos”, concluiu Kadu, que revelou que a Karilu segue como fornecedora do material esportivo da base do Londrina e aberta a seguir como ponto de venda de ingressos dos jogos da equipe alviceleste.
Sem o Londrina, a Karilu segue como fornecedora de nove equipes. São eles os paranaenses Operário, Laranja Mecânica, PSTC, Portuguesa Londrinense, Ouro Verde e Hope Internacional, o paulista Água Santa e o catarinense Barra. Fora do futebol, a marca fornece para o APVE Basquete Londrina.
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