Desde que o técnico Mano Menezes assumiu o comando da seleção brasileira, uma característica de seu trabalho ficou clara: as convocações não contariam mais com predominância de jogadores que atuam no exterior. O treinador passou a apostar em nomes que jogam no Brasil e, nesta quinta-feira, demonstrou satisfação com o resultado atingido com sua estratégia. Durante o anúncio dos candidatos ao Prêmio Craque do Brasileirão 2011, ele exaltou a qualidade dos jogadores que atuam no País.
"A gente vê na confirmação dos resultados. Da lista, 11 jogadores estiveram na seleção completa, 16 no Superclássico das Américas, contra a Argentina (quando Mano só convocou jogadores que atuam no País). É uma nova realidade, precisamos trazer jogadores que atuam no País para a seleção e hoje é quase 50% de fora e 50% daqui", declarou, em entrevista à TV Globo.
Nos últimos dois amistosos da seleção, diante de Gabão e Egito, Mano não convocou jogadores de clubes nacionais por conta da reta final do Campeonato Brasileiro, mas na convocação anterior, para as partidas contra Costa Rica e México, dos 25 chamados, oito atuavam no Brasil. Para efeito de comparação, a última convocação do técnico Dunga, para a Copa do Mundo de 2010, tinha apenas três atletas de times do País.
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Com a visão de quem tem olhado muito para o Campeonato Brasileiro, Mano também comentou a atual edição da competição. O equilíbrio na briga pelo título, pela vaga na Libertadores e para fugir do rebaixamento foi exaltado pelo treinador, que não vê o torneio "nivelado por baixo".
"Não sou pessimista. A competição mostra qualidade, estamos aprendendo a jogar com pontos corridos. Então cada vez mais essa paridade vai acontecer, mas isso não quer dizer má qualidade. É lógico que alguns times tiveram possibilidade de disparar e não conseguiram, mas é por causa da boa qualidade de todas as equipes", analisou.