"Chupem, agora!", com essa declaração, destinada aos jornalistas, Diego Maradona comemorou a classificação da Argentina após a conquista da vaga para o Mundial da África do Sul. O passaporte foi carimbado com a vitória por 1 a 0 sobre o Uruguai, no caldeirão do estádio Centenário.
Depois da vaga, a guerra foi declarada abertamente entre jogadores, técnico e a imprensa. Da porta do vestiário, era possível ouvir os atletas cantando música xingando os jornalistas. Na sua entrevista coletiva, El Pibe não perdoou quem o criticou antes da vitória no Centenário.
"Quero agradecer de todo coração ao povo argentino e aos meus jogadores. E somente a eles. Eu tenho memória e vou lembrar mais do que nunca dessa relação com vocês", disse Diego, em declaração antes do início da entrevista.
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Suado, falando pausadamente e com cara de pouquíssimos amigos, o capitão da seleção campeã mundial de 1986 adotou estilo parecido com o de Dunga no Brasil: partiu para o confronto direto. "Para os que não acreditaram nessa seleção, que me trataram como lixo, hoje estamos na Copa. Sem a ajuda de ninguém e ganhando de uma grande equipe como o Uruguai. Ganhamos o jogo como homens. O que eu digo é que vocês (da imprensa) têm de continuar sofrendo as consequências do que disseram a meu respeito e sofrendo por isso", completou, não se furtando de usar palavras de baixo calão quando julgou necessário.
Maradona negou que tenha qualquer problema com Carlos Bilardo, em quem deu um longo e emocionado abraço após o triunfo. "Nunca tive problema com Bilardo. Nós temos muitas coisas para resolver e vamos resolver agora".