A CBF garante que o dinheiro que será doado pela Fifa para o desenvolvimento do futebol brasileiro passará por auditorias e que haverá uma "conta separada" para os programas que vão usar os mais de R$ 250 milhões cedidos pela entidade que controla o futebol mundial.
"Será tudo controlado e tudo colocado em contas separadas", garantiu ao Estado o presidente da CBF, José Maria Marin. "Os programas serão alvo de auditorias", insistiu.
Nesta semana, a Fifa fechou um acordo com a CBF para destinar o equivalente a US$ 100 milhões para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Os programas que se beneficiarão dos recursos serão propostos pela CBF. Mas será a Fifa quem determinará a liberação dos recursos e um controle de seu uso. "Vamos fazer tudo direitinho", assegurou Marin.
Leia mais:
Botafogo sucumbe à maratona e amarga queda precoce no Mundial
Flamengo quer tirar 'pai de geração do bilhão' do Palmeiras
Como Flamengo planeja transição do futebol a Bap com último ato de Braz
Ex-rivais, Talles Magno cita amizade com Hugo no Corinthians
Em 2010, após a Copa da África do Sul, o fundo criado pela Fifa para ajudar o futebol local foi alvo de polêmicas depois de suspeitas de que parte dos recursos foi para a compra de carros de luxo para cartolas sul-africanos. Depois da experiência de 2010, a Fifa decidiu modificar a forma de distribuir o fundo.
O novo dinheiro faz parte da renda que a Fifa obteve com a Copa no Brasil. Mas representa apenas 2% da receita total que o Mundial gerou para a entidade. A prioridade de recebimento dos valores doados pela Fifa são para os estados que não receberam jogos da Copa de 2014.
GOVERNO - Quem também quer aproveitar a distribuição dos fundos é o governo federal. Brasília defende que os projetos beneficiados estejam em locais próximos às iniciativas do governo para o desenvolvimento do futebol nacional. A atual gestão de Dilma Rousseff gastou R$ 130 milhões em programas de construção de infraestrutura para o desenvolvimento do futebol em centros de treinamento pelo Brasil.