O boneco inflável de sete metros de altura de um tatu-bola, mascote da Copa do Mundo de 2014, foi depredado durante confronto de manifestantes com a Polícia Militar do Rio Grande do Sul no final da noite de quinta-feira (4). Ao final do conflito, que deixou várias pessoas feridas por cortes e pancadas, seis participantes do protesto foram presos. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar quem causou lesões corporais e danos ao patrimônio público e se houve abuso por parte dos policiais militares.
O mascote, patrocinado por uma empresa de refrigerantes, havia sido colocado no Largo Glênio Peres há dez dias. Os manifestantes, que haviam se mobilizado para um "ato em defesa da alegria" pelas redes sociais, passaram o final da tarde e grande parte da noite na Praça Montevidéu, a menos de 50 metros de distância. Eles protestaram contra o cercamento do Auditório Araújo Vianna, no Parque Farroupilha, e parcerias da prefeitura com a iniciativa privada para recuperar espaços públicos.
As versões para o conflito são contraditórias. Policiais asseguram que os manifestantes avançaram sobre o boneco e o destacamento que vigiava a região agiu para evitar a depredação. Participantes do ato afirmam que iriam fazer apenas uma roda em volta do mascote quando teriam sido atacados pelos soldados.