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Tiro acidental

"Me chamaram de assassino", diz zagueiro do Timão

Agência Estado
01 jun 2011 às 14:08

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Dois dias depois do susto, ao dar um tiro acidental em um amigo com uma arma de pressão, o zagueiro Leandro Castán começa a respirar aliviado. Leonardo Calixto, o rapaz de 20 anos que acabou tendo o pulmão perfurado pelo disparo, está se recuperando muito bem na Santa Casa de Jaú, onde está internado. Diante disso, o jogador do Corinthians deu entrevista nesta quarta-feira e, ao comentar o caso, desabafou sobre o tratamento que recebeu de algumas pessoas.

"Me chamaram de assassino, nunca imaginei isso. É complicado, dói no coração. É complicado comparar isso, um acidente, com caso de assassinato, com esconder o cadáver. Fiquei muito chateado, tenho família. Minha irmã nem foi na escola porque ouviu muita coisa ontem (terça-feira) e chegou em casa chorando", declarou Leandro Castán, em entrevista ao SporTV.

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O acidente aconteceu no melhor momento de Leandro Castán desde que ele chegou ao Corinthians. Contratado no início de 2010, junto ao Barueri, o zagueiro virou titular neste ano e, após um início sob desconfiança, vinha conquistando o torcedor, que chegou a aplaudi-lo na primeira partida da final do Campeonato Paulista, diante do Santos.

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"O pai do Léo falou para eu ficar firme aqui, para eu cuidar da minha esposa, do meu filho. Falou para eu não me preocupar, que eu estou vivendo um momento muito bom na minha carreira e tenho que seguir assim", afirmou Leandro Castán, que foi liberado pela direção do Corinthians para se ausentar do trabalho, mas continuou treinando normalmente.

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Durante a entrevista nesta quarta-feira, a sua primeira desde o acidente ocorrido na noite de segunda-feira, em Jaú, no interior de São Paulo, o jogador ainda relatou os momentos mais dramáticos do ocorrido. De acordo com ele, a gravidade da lesão foi uma grande surpresa, já que Leonardo estava agindo normalmente até ser levado para o hospital.


"O momento mais difícil foi quando levei ele para o hospital. Até então, ele estava bem, dizia que estava bem. Mas quando chegamos, vi que saia sangue dele, que o chumbinho tinha atravessado. Foi muita tensão, os enfermeiros não me deixaram entrar com ele, ficava sabendo de tudo pela boca de outros. Não consegui dormir. Até que os pais dele me ligaram da delegacia, falando que ele estava bem e que era para eu vir para São Paulo", lembrou o zagueiro.

Apesar da boa recuperação do amigo, o zagueiro será investigado por lesão corporal e pode responder a processo. "Foi um momento muito complicado. Minha esposa e eu choramos muito. Fica o aprendizado para não mexer mais com essas coisas. E agora é só seguir a vida e torcer para que o Léo saia logo do hospital", concluiu Leandro Castán.


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