Em seis jogos na temporada, o técnico Muricy Ramalho usou seis escalações diferentes. E, depois da derrota para o Corinthians por 2 a 0, no Itaquerão, na estreia na Copa Libertadores, na quarta-feira, a busca pelo time ideal vai continuar nas próximas rodadas. O treinador criticou a falta de profundidade e de vontade da equipe na derrota. "Temos só técnica. Isso não é suficiente na Libertadores ou em qualquer campeonato. Temos de incomodar mais o adversário", disse. "Também faltou vontade e espírito de Libertadores", acrescentou.
As razões para tantas alterações são várias. Para escalar Ewandro ao lado Luis Fabiano contra o Santos, por exemplo, no último grande teste que o time havia feito na temporada, Muricy argumentou que sempre dava oportunidade para quem treinava bem. Não deu certo. Contra o Corinthians, mudanças inéditas, como a escalação de Michel Bastos na lateral - ele vinha jogando como meia. A ideia era garantir uma boa opção ofensiva pela esquerda. Também não funcionou. Por fim, promoveu a estreia de Dória, que teve atuação regular, e escalou o meia Maicon por causa da ótima atuação do jogador na goleada sobre o Bragantino - única partida em que o time atuou com três zagueiros.
As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistério, com treinos fechados, sem a presença da imprensa. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse o meia Michel Bastos.
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Depois da partida, o próprio Muricy reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo."
O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, dia 25, no Morumbi.